domingo, 30 de setembro de 2012

Arménio Carlos: "Se Governo não ouvir a bem, ouve a mal"

 

Secretário geral da CGTP discursou no "Terreiro do Povo", após a "maior jornada de luta dos últimos anos" e diz que "o povo está a perder o medo". Greve geral pode ser marcada nos próximos dias. 


14:54 Sábado, 29 de setembro de 2012                                                                                           Última atualização há 52 minutos
Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, de cravo ao peito, ao lado de Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, a caminho do Terreiro do Paço


Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, de cravo ao peito, ao lado de Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, a caminho do Terreiro do Paço
Nuno Fox (imagem tirada do telemóvel)


O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, garantiu no Terreiro do Paço, em Lisboa, que a manifestação de hoje foi a "maior jornada de luta dos últimos anos", organizada pela Intersindical Nacional, e anunciou a realização de uma greve geral para breve. Num palanque montado no Terreiro do Paço, que hoje é apelidado de "Terreiro do Povo", Arménio Carlos garantiu que o "povo está a perder o medo". "Eles têm medo que o povo perca o medo. O povo está a perder o medo e a mostrar que quer ir para a frente, lutar pelo presente e salvaguardar o futuro das gerações", defendeu. Referindo várias lutas de empresas, o sindicalista avisou: se o Governo "não ouvir a bem, ouve a mal o povo, com a exigência da sua demissão e alteração de políticas". Arménio Carlos reafirmou que a CGTP "não aceitará medidas de redução dos salários e pensões nem um cêntimo que seja". 


Milhares de pessoas em protesto 
Milhares de pessoas desfilam pelas ruas que ligam o Rossio e a Praça da Figueira ao Terreiro do Paço, gritando palavras de ordem e buzinando num percurso por vezes difícil de fazer. A meio da Rua da Prata a elevada concentração de manifestantes dificulta o acesso ao Terreiro do Paço. Bandeiras do sindicato dos professores do norte, bandeiras negras e cartazes feitos à mão marcam o cenário daquela artéria, um pouco diferente da imagem do Terreiro do Paço, onde as bandeiras vermelhas da CGTP se destacam. Há milhares de pessoas entre os Restauradores, o Terreiro do Paço e o Campo das Cebolas, para a manifestação convocada pela CGTP, que teve início às 15h. 


"Abaixo a austeridade, viva a Liberdade!" 
Ao som dos Homens da Luta, os manifestantes vão gritando "Abaixo a austeridade, viva a Liberdade!", "Passos, ladrão, não levas um tostão". A palavra de ordem mais ouvida é, no entanto, "O povo unido jamais será vencido". A CGTP acredita que esta poderá ser a maior manifestação dos últimos anos, apontando para a presença de muitos milhares de trabalhadores de todo o país no Terreiro do Paço. Trabalhadores de todo o país participam na manifestação com o intuito de mostrar ao Governo o descontentamento dos portugueses perante as medidas de austeridade impostas, e para defender novas políticas de desenvolvimento para o país. 


Dispositivo de segurança junto aos ministérios 
Elementos da polícia protegem os ministérios situados na Praça do Comércio, onde hoje decorre a manifestação convocada pela CGTP, de protesto ao Governo e às medidas da austeridade. As portas dos ministérios estão protegidas por grades. Junto ao Ministério da Administração Interna encontram-se dez polícias. Também o Supremo Tribunal de Justiça está protegido pela polícia, com uma carrinha junto à porta.
As esplanadas da Praça do Comércio estão hoje fechadas devido à manifestação.




Acesse ao artigo completo em:   Jornal Expresso



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