Estamos TODOS a ser ENGANADOS!
Por Carlos Paz
* * * *
(antes de mais, peço desculpa pelo tamanho deste texto, mas não há nenhuma maneira simples de explicar TODA a FARSA que se está a passar)
* * * *
Está em curso o maior EMBUSTE de sempre na Política Portuguesa.
...
O Governo, suportado pela TROIKA, comprometeu-se, quando tomou posse, a:
- Reduzir o Deficit;
- Reduzir a Dívida;
- Reduzir o Desemprego;
- Fazer crescer a Economia;
- REGRESSAR AOS MERCADOS.
A Política Económica desenhada para alcançar estes objectivos, acabou por se DEMONSTRAR COMO DESASTROSA. Os resultados (dos quatro primeiros objectivos) foram:
- O Deficit aumentou (está descontrolado);
- A Dívida Pública aumentou (está descontrolada);
- O Desemprego cresceu para valores nunca vistos;
- O PIB tem vindo a afundar-se até limites impensáveis.
Convém aqui notar que as recentes estatísticas que dizem que o desemprego está a baixar, ou que o PIB parou de cair, são FALSAS.
Explicando: comparam dados de trimestres consecutivos, quando as comparações têm de ser feitas com trimestres equivalentes (o PIB e o Emprego crescem SEMPRE no verão em relação ao inverno – por isso é errado chegar ao verão e dizer que estamos bem, porque estamos melhor que no inverno).
O que deveria ser comparado era o verão do ano passado com o verão deste ano – e, aí, os resultados são desastrosos:
- O DESEMPREGO AUMENTOU (ao contrário do que o Governo propagandeia);
- A ECONOMIA DECRESCEU (ao contrário do que o Governo propagandeia).
Mas, a verdade é que ao fim de um ano de Governo já se tinha percebido que a Política estava errada e que os resultados só poderiam ser UM DESASTRE!
Nessa altura, numa atitude de esperteza-saloia, o Governo, através do então Ministro das Finanças (Vitor Gaspar) deixou de falar de qualquer destes objectivos, para MANIPULAR a opinião-pública com UM ÚNICO Objectivo: REGRESSAR AOS MERCADOS.
Já agora convém explicar. Regressar aos mercados significa: conseguir que emprestem dinheiro a Portugal (para pagar as dívidas antigas – que se vencem – e para cobrir os Juros dessas mesmas dívidas). Tudo o resto que se diz sobre este tema, como, por exemplo, que é preciso pedir dinheiro emprestado para pagar os salários dos funcionários públicos e as pensões dos reformados, É MENTIRA. As receitas (impostos e taxas) cobradas pelo Estado chegam para as despesas de funcionamento do País (em terminologia económica: há superavit primário).
Andámos durante TODO O SEGUNDO ANO DE GOVERNO a ouvir a mesma coisa: TEMOS DE REGRESSAR AOS MERCADOS (“nós, Governo, somos muito bons porque vamos conseguir regressar aos mercados”).
No entanto, mesmo reduzindo os Objectivos iniciais a UM ÚNICO (Regressar aos Mercados), até este está a FALHAR COMPLETAMENTE. E, é fácil de perceber porquê: a Política desenhada (com a TROIKA) está a CONDUZIR O PAÍS À FALÊNCIA e NINGUÉM EMPRESTA DINHEIRO A FALIDOS.
Mesmo, ao longo destes dois anos de Governo, TODAS as idas (pequenas) de Portugal aos mercados, foram falsas:
- Houve compras maciças de Dívida em troca das promessas (cumpridas) de PRIVILÉGIO nas privatizações (EDP, REN, ANA);
- Há compras maciças de Dívida em troca das promessas (que vão ser cumpridas) de PRIVILÉGIO nas privatizações (TAP, CTT e Seguros CGD);
- Vai haver, no curto prazo, compras maciças de Dívida com os dinheiros do FUNDO DE GARANTIA DA SEGURANÇA SOCIAL.
O PROBLEMA É QUE NO MÉDIO / LONGO PRAZO, A SITUAÇÃO SE MANTÉM INALTERADA: ESTAMOS A SER CONDUZIDOS À FALÊNCIA E NINGUÉM EMPRESTA DINHEIRO A FALIDOS.
É então preciso UM SEGUNDO RESGATE (como já é reconhecido por TODAS as instâncias internacionais – FMI, CE, BCE, OCDE, Jornalistas, Académicos, etc…). E isto significa uma coisa: O GOVERNO (e a TROIKA) FALHOU EM TODOS OS OBJECTIVOS. A Política está errada e está a conduzir o País a um DESASTRE TOTAL.
Seria ESSENCIAL mudar de Política. Mas, isso significava duas coisas:
1) Reconhecer que o programa está errado (e que FALHARAM TODOS os participantes: TROIKA, PS, PSD e CDS, por participação e BE e PCP, por omissão). São TODOS CULPADOS.
2) Desenhar e implementar uma Política que, ao contrário da actual, deixe de privilegiar a transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos (NUNCA empresários, políticos e banqueiros viveram tão bem em Portugal – e NUNCA os restantes Portugueses foram tão POBRES).
E ambas são más para os Políticos: terem de RECONHECER QUE NÃO PRESTAM e terem de DEIXAR DE BENEFICIAR OS QUE LHES PAGAM (financiam campanhas, empregam familiares, contratam empresas dos Políticos e seus familiares, asseguram empregos no futuro para os saídos da política, subornam, etc…).
Neste contexto era preciso INVENTAR UM EMBUSTE que permitisse dizer que VAI HAVER UM SEGUNDO RESGATE (como todos reconhecem ser necessário) por culpa de alguém (que não do Governo ou dos Políticos Portugueses – TODOS ele, de TODAS as cores).
E assim renasce o “mito cavaquista” das “forças de bloqueio” (ficou famosa a expressão: “deixem-me trabalhar”, dita por um Primeiro Ministro, que hoje é Presidente da República, e que foi alguém que NUNCA trabalhou, de facto, na vida).
E foi encontrado um culpado: o TRIBUNAL CONSTITUCIONAL (e a própria CONSTITUIÇÃO).
* * * *
A Estratégia do maior EMBUSTE de sempre da Política Portuguesa:
a) Faz-se legislação que é PROPOSITADAMENTE INCONSTITUCIONAL;
b) Anuncia-se que se a mesma não for aprovada será uma CALAMIDADE para o País;
c) Apresenta-se a Legislação numa altura cirurgicamente escolhida (Agosto, para assegurar que não estão presentes os Juízes tidos como amigos – nomeados pelo PSD);
d) A Legislação não é aprovada (NUNCA O PODERIA SER – tal como o Governo sabia à partida);
e) O Governo não se pronuncia, remetendo-se às declarações solenes: “a situação é grave”, “estamos a analisar as alternativas”, “as consequências podem ser muito graves”;
f) Os Jornalistas e Comentadores a soldo dos MESMOS que SUBORNAM (directa e indirectamente) os Políticos iniciam uma CAMPANHA DE DESINFORMAÇÃO, baseada em:
- As decisões do TC obrigam a AUMENTAR impostos;
- Por causa das férias só estavam presentes Juízes nomeados pelo PS;
- A Constituição ESTÁ ERRADA”;
- O País vai falir por CULPA da Constituição e do Tribunal Constitucional;
- O segundo resgate é necessário por CULPA do Tribunal Constitucional;
- Etc…
O resultado final: quando for anunciado (provavelmente só depois das eleições Alemãs) um SEGUNDO RESGATE (acompanhado de MAIS MEDIDAS DE AUSTERIDADE – mais impostos, mas pobreza para os Pobres e mais riqueza para os Ricos) a culpa não será do Governo, da TROIKA, dos Políticos (de TODAS as cores); A CULPA SERÁ DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL (e da CONSTITUIÇÃO).
E, tal como em 2011 a ideia (ERRADA) de que “vivíamos acima das nossas possibilidades” pegou, também em 2013/2014 a ideia (ABSURDA) de que “os políticos são bons, a Constituição é que está errada”, vai também pegar.
E, o mais triste de tudo isto é que VAMOS MESMO DEIXAR ACONTECER! Os Políticos que temos contam com “o melhor povo do mundo” (embrutecido, incapaz de perceber o que se passa à sua volta e sem qualquer capacidade de reacção contra esta classe de gente sem classe que enriquece à custa da miséria dos outros). É TRISTE, mas é A REALIDADE.
(antes de mais, peço desculpa pelo tamanho deste texto, mas não há nenhuma maneira simples de explicar TODA a FARSA que se está a passar)
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Está em curso o maior EMBUSTE de sempre na Política Portuguesa.
...
O Governo, suportado pela TROIKA, comprometeu-se, quando tomou posse, a:
- Reduzir o Deficit;
- Reduzir a Dívida;
- Reduzir o Desemprego;
- Fazer crescer a Economia;
- REGRESSAR AOS MERCADOS.
A Política Económica desenhada para alcançar estes objectivos, acabou por se DEMONSTRAR COMO DESASTROSA. Os resultados (dos quatro primeiros objectivos) foram:
- O Deficit aumentou (está descontrolado);
- A Dívida Pública aumentou (está descontrolada);
- O Desemprego cresceu para valores nunca vistos;
- O PIB tem vindo a afundar-se até limites impensáveis.
Convém aqui notar que as recentes estatísticas que dizem que o desemprego está a baixar, ou que o PIB parou de cair, são FALSAS.
Explicando: comparam dados de trimestres consecutivos, quando as comparações têm de ser feitas com trimestres equivalentes (o PIB e o Emprego crescem SEMPRE no verão em relação ao inverno – por isso é errado chegar ao verão e dizer que estamos bem, porque estamos melhor que no inverno).
O que deveria ser comparado era o verão do ano passado com o verão deste ano – e, aí, os resultados são desastrosos:
- O DESEMPREGO AUMENTOU (ao contrário do que o Governo propagandeia);
- A ECONOMIA DECRESCEU (ao contrário do que o Governo propagandeia).
Mas, a verdade é que ao fim de um ano de Governo já se tinha percebido que a Política estava errada e que os resultados só poderiam ser UM DESASTRE!
Nessa altura, numa atitude de esperteza-saloia, o Governo, através do então Ministro das Finanças (Vitor Gaspar) deixou de falar de qualquer destes objectivos, para MANIPULAR a opinião-pública com UM ÚNICO Objectivo: REGRESSAR AOS MERCADOS.
Já agora convém explicar. Regressar aos mercados significa: conseguir que emprestem dinheiro a Portugal (para pagar as dívidas antigas – que se vencem – e para cobrir os Juros dessas mesmas dívidas). Tudo o resto que se diz sobre este tema, como, por exemplo, que é preciso pedir dinheiro emprestado para pagar os salários dos funcionários públicos e as pensões dos reformados, É MENTIRA. As receitas (impostos e taxas) cobradas pelo Estado chegam para as despesas de funcionamento do País (em terminologia económica: há superavit primário).
Andámos durante TODO O SEGUNDO ANO DE GOVERNO a ouvir a mesma coisa: TEMOS DE REGRESSAR AOS MERCADOS (“nós, Governo, somos muito bons porque vamos conseguir regressar aos mercados”).
No entanto, mesmo reduzindo os Objectivos iniciais a UM ÚNICO (Regressar aos Mercados), até este está a FALHAR COMPLETAMENTE. E, é fácil de perceber porquê: a Política desenhada (com a TROIKA) está a CONDUZIR O PAÍS À FALÊNCIA e NINGUÉM EMPRESTA DINHEIRO A FALIDOS.
Mesmo, ao longo destes dois anos de Governo, TODAS as idas (pequenas) de Portugal aos mercados, foram falsas:
- Houve compras maciças de Dívida em troca das promessas (cumpridas) de PRIVILÉGIO nas privatizações (EDP, REN, ANA);
- Há compras maciças de Dívida em troca das promessas (que vão ser cumpridas) de PRIVILÉGIO nas privatizações (TAP, CTT e Seguros CGD);
- Vai haver, no curto prazo, compras maciças de Dívida com os dinheiros do FUNDO DE GARANTIA DA SEGURANÇA SOCIAL.
O PROBLEMA É QUE NO MÉDIO / LONGO PRAZO, A SITUAÇÃO SE MANTÉM INALTERADA: ESTAMOS A SER CONDUZIDOS À FALÊNCIA E NINGUÉM EMPRESTA DINHEIRO A FALIDOS.
É então preciso UM SEGUNDO RESGATE (como já é reconhecido por TODAS as instâncias internacionais – FMI, CE, BCE, OCDE, Jornalistas, Académicos, etc…). E isto significa uma coisa: O GOVERNO (e a TROIKA) FALHOU EM TODOS OS OBJECTIVOS. A Política está errada e está a conduzir o País a um DESASTRE TOTAL.
Seria ESSENCIAL mudar de Política. Mas, isso significava duas coisas:
1) Reconhecer que o programa está errado (e que FALHARAM TODOS os participantes: TROIKA, PS, PSD e CDS, por participação e BE e PCP, por omissão). São TODOS CULPADOS.
2) Desenhar e implementar uma Política que, ao contrário da actual, deixe de privilegiar a transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos (NUNCA empresários, políticos e banqueiros viveram tão bem em Portugal – e NUNCA os restantes Portugueses foram tão POBRES).
E ambas são más para os Políticos: terem de RECONHECER QUE NÃO PRESTAM e terem de DEIXAR DE BENEFICIAR OS QUE LHES PAGAM (financiam campanhas, empregam familiares, contratam empresas dos Políticos e seus familiares, asseguram empregos no futuro para os saídos da política, subornam, etc…).
Neste contexto era preciso INVENTAR UM EMBUSTE que permitisse dizer que VAI HAVER UM SEGUNDO RESGATE (como todos reconhecem ser necessário) por culpa de alguém (que não do Governo ou dos Políticos Portugueses – TODOS ele, de TODAS as cores).
E assim renasce o “mito cavaquista” das “forças de bloqueio” (ficou famosa a expressão: “deixem-me trabalhar”, dita por um Primeiro Ministro, que hoje é Presidente da República, e que foi alguém que NUNCA trabalhou, de facto, na vida).
E foi encontrado um culpado: o TRIBUNAL CONSTITUCIONAL (e a própria CONSTITUIÇÃO).
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A Estratégia do maior EMBUSTE de sempre da Política Portuguesa:
a) Faz-se legislação que é PROPOSITADAMENTE INCONSTITUCIONAL;
b) Anuncia-se que se a mesma não for aprovada será uma CALAMIDADE para o País;
c) Apresenta-se a Legislação numa altura cirurgicamente escolhida (Agosto, para assegurar que não estão presentes os Juízes tidos como amigos – nomeados pelo PSD);
d) A Legislação não é aprovada (NUNCA O PODERIA SER – tal como o Governo sabia à partida);
e) O Governo não se pronuncia, remetendo-se às declarações solenes: “a situação é grave”, “estamos a analisar as alternativas”, “as consequências podem ser muito graves”;
f) Os Jornalistas e Comentadores a soldo dos MESMOS que SUBORNAM (directa e indirectamente) os Políticos iniciam uma CAMPANHA DE DESINFORMAÇÃO, baseada em:
- As decisões do TC obrigam a AUMENTAR impostos;
- Por causa das férias só estavam presentes Juízes nomeados pelo PS;
- A Constituição ESTÁ ERRADA”;
- O País vai falir por CULPA da Constituição e do Tribunal Constitucional;
- O segundo resgate é necessário por CULPA do Tribunal Constitucional;
- Etc…
O resultado final: quando for anunciado (provavelmente só depois das eleições Alemãs) um SEGUNDO RESGATE (acompanhado de MAIS MEDIDAS DE AUSTERIDADE – mais impostos, mas pobreza para os Pobres e mais riqueza para os Ricos) a culpa não será do Governo, da TROIKA, dos Políticos (de TODAS as cores); A CULPA SERÁ DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL (e da CONSTITUIÇÃO).
E, tal como em 2011 a ideia (ERRADA) de que “vivíamos acima das nossas possibilidades” pegou, também em 2013/2014 a ideia (ABSURDA) de que “os políticos são bons, a Constituição é que está errada”, vai também pegar.
E, o mais triste de tudo isto é que VAMOS MESMO DEIXAR ACONTECER! Os Políticos que temos contam com “o melhor povo do mundo” (embrutecido, incapaz de perceber o que se passa à sua volta e sem qualquer capacidade de reacção contra esta classe de gente sem classe que enriquece à custa da miséria dos outros). É TRISTE, mas é A REALIDADE.
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