terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Uma conversa de um qualquer Primeiro Ministro (PPC), com uma qualquer Chanceler (AM),


Uma conversa de um qualquer Primeiro Ministro (PPC), com uma qualquer Chanceler (AM), numa qualquer cidade do centro da Europa (Berlim), sobre um qualquer País periférico (Portugal).
PPC: - Em Portugal está tudo bem!
AM: - Tudo?, Mesmo tudo bem?
PPC: - Bem, quase, quase tudo bem. Temos só um pequeno problema de QUEDA DE CONSUMO. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Ah! Só esse pequeno problema. Não é mau! Mas como foi que isso aconteceu?
PPC: - CORTÁMOS OS RENDIMENTOS e por isso as pessoas não podem consumir. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Ok! E porque cortaram os rendimentos?
PPC: - Como as pessoas não estão a consumir, NÃO HÁ RECEITAS FISCAIS, por isso cortámos os rendimentos. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Percebo. Mas e as receitas fiscais? Porque caíram assim?
PPC: - Como não há consumo, porque cortámos os rendimentos, NÃO HÁ INVESTIMENTO e por isso não há receitas fiscais. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Muito bem. E a queda do investimento não preocupa?
PPC: - Não. Como não há investimento, NÃO HÁ EMPREGO. Sem emprego não há rendimentos. Sem rendimentos não há consumo. Sem consumo não há receitas. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Então o desemprego está alto? Mas isso não preocupa?
PPC: - Só um pouco, senhora Chanceler. Como não há investimento, não há emprego. Sem emprego não há rendimentos. Sem rendimentos não há consumo. Sem consumo não há receitas. E, com o desemprego, AUMENTARAM AS DESPESAS SOCIAIS. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Mas… aumento das despesas sociais?!?
PPC: - Sim, senhora Chanceler. Como não há investimento, não há emprego. Sem emprego não há rendimentos. Sem rendimentos não há consumo. Sem consumo não há receitas. E, com o desemprego, aumentaram as despesas sociais. Sem receitas e com aumento de despesas, o DEFICIT cresceu. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - O deficit cresceu? Mas tudo isso não era para o deficit decrescer?
PPC: - Pois, senhora Chanceler. Como não há investimento, não há emprego. Sem emprego não há rendimentos. Sem rendimentos não há consumo. Sem consumo não há receitas. E, com o desemprego, aumentaram as despesas sociais. Sem receitas e com aumento de despesas, o deficit cresceu. Por isso tivemos de contrair MAIS DÍVIDA. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Dívida? Mas, a dívida não era o vosso principal problema?
PPC: - Pois, senhora Chanceler. Como não há investimento, não há emprego. Sem emprego não há rendimentos. Sem rendimentos não há consumo. Sem consumo não há receitas. E, com o desemprego, aumentaram as despesas sociais. Sem receitas e com aumento de despesas, o deficit cresceu. Por isso tivemos de contrair mais dívida, agora com uns JUROS IMPOSSÍVEIS de Pagar. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Juros impossíveis? E como vão solucionar isso?
PPC: - Aumentamos a dose de austeridade. Baixa mais o investimento. Aumenta o desemprego. Descem os rendimentos. Acaba o consumo. Ficaremos sem receitas. O deficit fica descontrolado. Contrairemos mais dívida. E os juros serão ainda maiores. Mas, para além disso, está tudo bem, senhora Chanceler.
AM: - Ah bom. Se, para além disso está tudo bem. Fico mais descansada! E quem foi que te ensinou economia?
PPC: - A Maria Luis Albuquerque. A nova MINISTRA das FINANÇAS. Foi a minha Professora na Lusíada.
AM: - Pronto! Agora percebi...




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