quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Comunicado de Imprensa: Segurança Social ameaça desempregados que não aceitem trabalhar através de Contratos Emprego-Inserção

Segurança Social ameaça desempregados com cortes nas prestações de desemprego se não aceitarem trabalhar gratuitamente através de Contratos Emprego-Inserção
           A Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis (ACP-PI) recebeu a denúncia de que dezenas de trabalhadores desempregados foram convocados para comparecerem na Segurança Social do Areeiro com o objectivo de preencher 70 postos de trabalho da própria Segurança Social, através de Contratos Emprego-Inserção (CEI e CEI+) e com a função de inserir dados em computadores.
seguranca-social

            Os trabalhadores foram notificados por carta que informava que “durante o período de concessão das prestações de desemprego, constitui dever dos beneficiários aceitar trabalho socialmente necessário”. Durante as entrevistas a chantagem foi permanente: quem não aceitasse perderia o direito às prestações de desemprego.

         A Segurança Social está a utilizar trabalhadores vinculados através dos Contratos Emprego-Inserção para colmatar necessidades de trabalho permanentes e por isso todos estes trabalhadores deveriam ter um contrato de trabalho com a Segurança Social. Os Contratos Emprego-Inserção são assim uma ameaça ao emprego com direitos e ao salário de todos os trabalhadores, correspondendo a uma nova forma de precariedade em que a entidade empregadora obtém trabalho gratuito, financiado pelos contribuintes e pelos próprios trabalhadores que descontaram, sendo que estes não têm depois qualquer tipo de direitos.

         Os Contratos de Emprego Inserção (CEI) são destinados a pessoas que recebem subsídio de desemprego e os Contratos de Emprego Inserção+ (CEI+) têm como destinatários as pessoas que recebem rendimento social de inserção (RSI). Os desempregados com CEI recebem o subsídio de desemprego e uma majoração de 20% do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), ou seja, 83,84 euros. No caso dos CEI+, o pagamento corresponde ao IAS, 419,22 euros por mês – um valor inferior ao salário mínimo nacional – sendo que a entidade contratante paga apenas 10% deste valor caso seja uma IPSS e 20% se for uma entidade pública, sendo o restante pagamento assegurado pelo IEFP. Em 2012 havia mais de 70 mil trabalhadores precários nesta situação.

            A ACP-PI continuará a denunciar esta nova forma de precariedade, introduzida pelo actual Governo, com especial responsabilidade do Ministro Pedro Mota Soares, que insiste na perseguição e ataque aos trabalhadores precários e desempregados. A luta contra o desemprego não se faz destruindo empregos com salários e direitos e criando trabalho gratuito. A precariedade e o desemprego são as duas faces da mesma moeda.




Acesse ao  artigo completo em: Precarios Inflexiveis

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