segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Grécia processa Alemanha por submarinos que ajudaram a afundar economia nacional

Negócio dos submarinos militares que acabaram por nunca navegar no mar tornou-se na principal imagem da crise financeira da Grécia.


As relações entre Grécia e Alemanha poderão conhecer um novo capítulo depois do processo avançado pelos europeus do sul que pedem sete mil milhões de euros à poderosa nação de Angela Merkel.
Em causa está o negócio da venda de quatro submarinos militares alemães que continuam nos estaleiros gregos ainda inacabados, quase 15 anos depois da sua encomenda.
O jornal britânico ‘Telegraph’ noticia que o governo da Grécia avança agora com um processo contra a alemã ThyssenKrupp Marine Systems, a mesma responsável pela manutenção do polémico submarino português Tridente, e a árabe Abu Dhabi Ma, as grandes empresas responsáveis pelo negócio que custou três mil milhões de euros na compra dos quatro submarinos, veículos militares que nem fazem falta à Grécia.
Segundo consta do documento de 200 páginas enviado para o Tribunal Internacional de Justiça, os políticos gregos acusam os alemães de terem pressionado a sua nação a gastar enormes quantias de dinheiro em armamento, para posteriormente criticarem a nação de esbanjar milhões e milhões de euros.
Em 2013, o antigo ministro da Defesa grego, Akis Tsochadzopoulos, foi preso depois de ser considerado culpado de ter aceitado subornos no valor de oito milhões de euros da empresa alemã Ferrostaal, empresa alemã também envolvida no negócio. Se achar que conhece este nome, não estranhe. É a mesma empresa condenada por corrupção no caso da venda dos submarinos a Portugal.
Também no ano passado o polémico negócio da compra dos submarinos resultou no pedido de demissão do vice-comandante da Marinha grega.
Os quatro submersíveis estão no estaleiro de Skaramangas e foram entregues à Marinha grega em março, apesar do negócio ter sido selado em 2000. Nessa altura, a alemã ThyssenKrupp comprou o estaleiro responsável pela construção dos equipamentos militares, tendo em 2002 vendido grande parte das ações à Abu Dhabi Mar. Com o agravar da crise mundial, este negócio tornou-se no símbolo perfeito da ruína económica da Grécia.



Artigo completo em:  Correio da Manhã

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