Um ano de Governo: 524 desempregados/dia
O Governo assinala hoje um ano de mandato, com o desemprego, o corte dos subsídios e o aumento dos impostos a marcarem a legislatura.
PASSOS COELHO: O BOM ALUNO DA UNIÃO EUROPEIA
Passos Coelho foi ao longo do primeiro ano de Governo o fiel escudeiro da troika em Portugal. Herdeiro de um memorando assinado pelo anterior primeiro--ministro, José Sócrates, Passos viu no programa de ajustamento financeiro e económico uma oportunidade para a aplicação de reformas que alguns adversários classificam de neoliberais.
Apesar das extremas dificuldades que o País e os portugueses atravessam, o primeiro-ministro gaba-se de quatro avaliações muito positivas da troika, e tem conseguido manter-se à tona de água nas sondagens, sempre acima do líder da oposição, António José Seguro.
Com o desemprego a crescer e a economia com sinais de anemia, apesar da balança comercial positiva, Passos Coelho tem conseguido atravessar o deserto sem ser atingido directamente, ao contrário de alguns dos seus ministros. O programa da troika tem servido também de álibi e desculpa para políticas de austeridade que podem ser recessivas, mas Portugal conseguiu deixar de ser comparado com a Grécia.
Repetindo um discurso já conhecido, Pedro Passos Coelho dizia na terça-feira, à chegada ao Peru, que o comportamento das exportações portuguesas "é decisivo neste período particularmente difícil" da economia nacional, "mas é também importante como estratégia de médio/longo prazo". Mais: "A economia portuguesa precisa de estar mais aberta ao exterior, os nossos produtos precisam de chegar a mais mercados, o investimento português no exterior e a atração de investimento externo são decisivos."
DISCURSO DIRECTO
"A NOTA É CLARAMENTE NEGATIVA", Bettencourt Picanço, Presidente do STE
Correio da Manhã - Como avalia o primeiro ano de Governo?
Apesar das extremas dificuldades que o País e os portugueses atravessam, o primeiro-ministro gaba-se de quatro avaliações muito positivas da troika, e tem conseguido manter-se à tona de água nas sondagens, sempre acima do líder da oposição, António José Seguro.
Com o desemprego a crescer e a economia com sinais de anemia, apesar da balança comercial positiva, Passos Coelho tem conseguido atravessar o deserto sem ser atingido directamente, ao contrário de alguns dos seus ministros. O programa da troika tem servido também de álibi e desculpa para políticas de austeridade que podem ser recessivas, mas Portugal conseguiu deixar de ser comparado com a Grécia.
Repetindo um discurso já conhecido, Pedro Passos Coelho dizia na terça-feira, à chegada ao Peru, que o comportamento das exportações portuguesas "é decisivo neste período particularmente difícil" da economia nacional, "mas é também importante como estratégia de médio/longo prazo". Mais: "A economia portuguesa precisa de estar mais aberta ao exterior, os nossos produtos precisam de chegar a mais mercados, o investimento português no exterior e a atração de investimento externo são decisivos."
DISCURSO DIRECTO
"A NOTA É CLARAMENTE NEGATIVA", Bettencourt Picanço, Presidente do STE
Correio da Manhã - Como avalia o primeiro ano de Governo?
Bettencourt Picanço - A nota é claramente negativa, visto que a Administração Pública foi eleita como um alvo a abater por este Governo, sem avaliar as necessidades e os direitos dos trabalhadores.
- Que pontos de actuação destaca?
- As reduções salariais e o corte de dois salários, que espanta como ainda não foi declarado inconstitucional. Mas também o ataque desmesurado às remunerações. como se fôssemos privilegiados.
- Até ao final da legislatura, os trabalhadores acreditam na recuperação de algum direito?
- Não vemos nenhuma luz ao fundo do túnel. O que temos são declarações do primeiro--ministro que indiciam que o empobrecimento se vai manter e agravar. Com este executivo, os trabalhadores têm medo do futuro.
Acesso ao artigo completo em: Correio da Manhã
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