terça-feira, 2 de julho de 2013

Portas de saída do Governo

Paulo Portas, ministro dos Negócios Estrangeiros, já apresentou a Pedro Passos Coelho a demissão, segundo fonte governamental confirmou ao CM. (em actualização)

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apresentou esta terça-feira de manhã o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
A decisão "é irrevogável", adianta o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros num comunicado enviado à Lusa.

Paulo Portas contesta a escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças, depois de a saída de Vitor Gaspar, com quem tinha "conhecidas diferenças políticas", "permitir abrir um ciclo político e económico diferente", sublinha o líder do CDS/PP.
"A escolha feita pelo primeiro-ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual.(...) Expressei, atempadamente, este ponto de vista ao Primeiro-Ministro que, ainda assim, confirmou a sua escolha [de Maria Luís Albuquerque]. Em consequência, e tendo em atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um ato de dissimulação. Não é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível".

 
REAÇÕES

“Fiquei completamente surpreendido. Estive no Conselho Nacional [do CDS-PP] e nada fazia prever que estaríamos na eminência de uma crise destas”, afirmou Ribeiro e Castro, ex-líder do partido.
"Acho absolutamente extraordinário que Cavaco Silva tenha dado posse" à nova ministra das Finanças. "Não resta outra decisão ao Presidente da República que não seja convocar eleições antecipadas", disse esta terça-feira o líder do Bloco de Esquerda, João Semedo.

“As eleições não são a situação ideal, pois podem trazer resultados perversos, mas a situação atual é ainda um risco maior” disse o comentador político Pacheco Pereira à TSF.

"O Governo já estava moribundo antes da demissão de Vítor Gaspar, depois ficou ferido de morte", afirmou o ex-presidente da Câmara de Cascais, António Capucho.

"Se [Paulo Portas] ficasse, ficaria fragilizado e é por isso que sai", comentou o antigo candidato presidencial Manuel Alegre.

"A situação que está criada no Governo comprova que não há outra saída senão a demissão e que a luta da população e dos trabalhadores conduziu a este ponto”, afirmou o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares.

"Foi com grande desilusão e estupefação que tomámos conhecimento da demissão do ministro Paulo Portas (…) [Chegou] o momento de o Presidente da República suscitar a antecipação das eleições legislativas", disse o secretário-geral da UGT, Carlos Silva.

Para o porta-voz do PS, João Ribeiro, as demissões de Vítor Gaspar e Paulo Portas significam "o fim do Governo PSD/CDS-PP", pelo que o mesmo reiterou a necessidade da convocação de eleições antecipadas.
Também o Presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, reagiu à demissão de Paulo Portas afirmando que: " Sempre disse que um dia Portas iria roer a corda".
 
 
 Acesse ao artigo completo em: O Correio da Manhã
 

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