terça-feira, 17 de julho de 2012

Cavaquistas querem corte na despesa

por Sofia Rainho



Após a decisão do Tribunal Constitucional sobre os cortes dos subsídios – que veio de encontro às reservas do Presidente – os cavaquistas mostram-se alinhados pelo menos num pedido: que evite, na medida do possível, um aumento da carga fiscal. Desalinham, no entanto, na necessidade de Portugal ganhar mais tempo para a consolidação – exigência defendida por Ferreira Leite e Silva Peneda, mas não necessariamente por Alexandre Relvas ou Paulo Rangel.

Silva Peneda, presidente do Conselho Económico e Social, alinha na prioridade: se for necessário aumentar impostos, que isso seja «encaixado num outro conjunto de medidas, como o máximo de cortes possível na despesa». Apela também a «um consenso tão largo quanto possível, entre os actores políticos e sociais, sobre as medidas a tomar no OE para 2013».

Alexandre Relvas dá outro tom. «É fundamental avançar com as medidas necessárias para assegurar o prosseguimento estrito do programa da troika, em quaisquer circunstâncias. Mesmo que tal implique aumento de impostos», refere, sublinhando porém que esse aumento deve obedecer a «uma fortíssima selectividade» e atingir «os que têm maior capacidade financeira». Mas acrescenta: «a prioridade devem ser cortes na despesa, pelo menos equiparáveis ao aumento de impostos».

Já Paulo Rangel não vê como fugir à ideia de todos os portugueses perderem um subsídio. Isto, «sem prejuízo de cortes que possam ser feitos na Saúde e na Educação, mas que não sejam muito duros, até porque há outras áreas onde já se devia estar a cortar».

sofia.rainho@sol.pt


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