Portugal sem dinheiro para cumprir compromissos com Bruxelas
Cofres
públicos ficaram praticamente sem margem para cumprir compromissos com
Bruxelas. Otimismo da coligação PSD/CDS-PP foi ‘arrasado’ pelos números
da DGO.
Ainda
existe uma réstia de esperança, mas o cumprimento da meta de um défice
de 2,7% em 2015 é quase impossível para o Estado português. Os números
da execução orçamental divulgados ontem pela Direção Geral do Orçamento
mostram que o balanço entre receitas e despesas públicas chegava no
final de outubro aos 4.818 milhões de euros, um valor que praticamente
elimina a margem de manobra para manter os compromissos.
No
início de setembro, as perdas totais dos cofres públicos chegavam a
apenas 3.156,5 milhões de euros, o que significa que só em outubro, o
défice aumentou cerca de 1.700 milhões de euros.
Para
cumprir os objetivos assumidos perante Bruxelas, o Estado apenas pode
acumular mais 275 milhões de euros de perdas financeiras em novembro e
dezembro, uma possibilidade remota tendo em conta que 95% do défice
previsto já foi utilizado.
Como
comparação, em outubro do ano passado o Estado só tinha utilizado 84%
das perdas totais permitidas após dez meses, tendo registado um saldo
negativo de 1.100 milhões de euros em novembro e dezembro.
Ainda
assim, o Diário Económico garante que o cumprimento do objetivo
secundário do Governo de sair do Procedimento de Défices Excessivos
ainda não está fora de hipótese. Para tal, o Estado precisaria de
acumular menos de 640 milhões de euros de perdas em novembro e dezembro,
o que deixaria o défice abaixo dos 3% do PIB.
Artigo completo em: LUSOPT
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