Históricos do PSD ameaçados de expulsão
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Comissão Política e Conselho de Jurisdição empurram responsabilidades na expulsão de militantes
Miguel Veiga acusa o PSD de já "não ter práticas sociais-democratas" e de ser "comandado por políticos de aviário". O histórico social-democrata, que integra as listas de militantes em risco de expulsão, diz que, independentemente do desfecho deste processo, continua "a ser PSD e social-democrata, à espera que eles caiam, como têm necessariamente que cair".
O Conselho de Jurisdição Nacional do PSD ainda não recebeu quaisquer queixas enviadas aos órgãos nacionais do partido para a "cessação" da actividade de cerca de 400 militantes sociais-democratas que apoiaram, integraram ou foram mandatários de listas adversárias das do PSD. O órgão que assegura o cumprimento dos estatutos só poderá aplicar essa sanção quando a vontade de punir os visados lhe for "comunicada" pela Comissão Política Nacional, o que ainda não aconteceu.
António Capucho (que se candidatou nas listas de Marco Almeida, em Sintra), Miguel Veiga ou Arlindo Cunha (respectivamente, apoiante e mandatário da campanha do independente Rui Moreira, no Porto) são apenas alguns dos nomes que integram uma lista de quase 400 militantes que o partido poderá expulsar. Miguel Veiga - um dos fundadores do partido - admite ao i não se "identificar" com a actual direcção e responsabiliza-a pelos "resultados miseráveis" nas autárquicas, que atribui à "incompetência política" de quem escolheu os candidatos. "Não chego a ficar magoado, porque já não me revia neste partido".
Os estatutos do partido são claros a este respeito, quando prevêem o fim da militância para quem integre listas eleitorais que não as do PSD (ver quadro ao lado). Segundo noticiava a edição de ontem do jornal "Público", Luís Artur, da concelhia do PSD/Porto, teria enviado uma lista com os nomes dos militantes que terão violado os estatutos - cerca de 40, só no Porto, segundo o i conseguiu apurar. O documento teria sido endereçado tanto ao Conselho de Jurisdição como à Comissão Política Nacional, logo na semana a seguir às autárquicas. A decisão não é, porém, consensual no PSD/Porto. Ricardo Almeida, considera que "não cabe às concelhias fazer caça às bruxas".
Mas nem o Conselho de Jurisdição recebeu ainda essas listas, nem a Comissão Política Nacional terá discutido a questão, na reunião que teve lugar na semana passada. Um membro deste órgão disse mesmo ao i que não caberá à direcção do partido dar qualquer indicação sobre o andamento destes processos, sendo o Conselho de Jurisdição autónomo nesta matéria.
António Capucho é outro dos visados por este processo, mas garante que já suspendeu a militância há dois anos. Capucho refere que, caso seja formalmente afastado, "o regresso não está no horizonte", e critica a "oligarquia" dos membros da actual direcção.
Já Arlindo Cunha, que pertenceu à Comissão de Honra de Rui Moreira, entende que "esta é uma situação sem precedentes" e que, por essa razão, "em vez de o partido andar a aplicar os estatutos de forma directa e a dar um tiro no pé em relação a todos estes militantes, devia interrogar-se sobre os factores que levaram a que isto acontecesse".
A lista de sociais-democratas em risco de perder a ligação ao partido pode, no entanto, ser ainda maior. Há responsáveis de concelhias do PSD ainda a mãos com a recolha dos nomes que concorreram contra o partido ou que apoiaram de alguma forma outras listas. Não havendo tempo limite para que essas queixas sejam apresentadas juntos dos órgãos nacionais, o número de processos poderá continuar a crescer nas próximas semanas. Com Luís Claro
Acesse ao Artigo completo em: Jornali
O Conselho de Jurisdição Nacional do PSD ainda não recebeu quaisquer queixas enviadas aos órgãos nacionais do partido para a "cessação" da actividade de cerca de 400 militantes sociais-democratas que apoiaram, integraram ou foram mandatários de listas adversárias das do PSD. O órgão que assegura o cumprimento dos estatutos só poderá aplicar essa sanção quando a vontade de punir os visados lhe for "comunicada" pela Comissão Política Nacional, o que ainda não aconteceu.
António Capucho (que se candidatou nas listas de Marco Almeida, em Sintra), Miguel Veiga ou Arlindo Cunha (respectivamente, apoiante e mandatário da campanha do independente Rui Moreira, no Porto) são apenas alguns dos nomes que integram uma lista de quase 400 militantes que o partido poderá expulsar. Miguel Veiga - um dos fundadores do partido - admite ao i não se "identificar" com a actual direcção e responsabiliza-a pelos "resultados miseráveis" nas autárquicas, que atribui à "incompetência política" de quem escolheu os candidatos. "Não chego a ficar magoado, porque já não me revia neste partido".
Os estatutos do partido são claros a este respeito, quando prevêem o fim da militância para quem integre listas eleitorais que não as do PSD (ver quadro ao lado). Segundo noticiava a edição de ontem do jornal "Público", Luís Artur, da concelhia do PSD/Porto, teria enviado uma lista com os nomes dos militantes que terão violado os estatutos - cerca de 40, só no Porto, segundo o i conseguiu apurar. O documento teria sido endereçado tanto ao Conselho de Jurisdição como à Comissão Política Nacional, logo na semana a seguir às autárquicas. A decisão não é, porém, consensual no PSD/Porto. Ricardo Almeida, considera que "não cabe às concelhias fazer caça às bruxas".
Mas nem o Conselho de Jurisdição recebeu ainda essas listas, nem a Comissão Política Nacional terá discutido a questão, na reunião que teve lugar na semana passada. Um membro deste órgão disse mesmo ao i que não caberá à direcção do partido dar qualquer indicação sobre o andamento destes processos, sendo o Conselho de Jurisdição autónomo nesta matéria.
António Capucho é outro dos visados por este processo, mas garante que já suspendeu a militância há dois anos. Capucho refere que, caso seja formalmente afastado, "o regresso não está no horizonte", e critica a "oligarquia" dos membros da actual direcção.
Já Arlindo Cunha, que pertenceu à Comissão de Honra de Rui Moreira, entende que "esta é uma situação sem precedentes" e que, por essa razão, "em vez de o partido andar a aplicar os estatutos de forma directa e a dar um tiro no pé em relação a todos estes militantes, devia interrogar-se sobre os factores que levaram a que isto acontecesse".
A lista de sociais-democratas em risco de perder a ligação ao partido pode, no entanto, ser ainda maior. Há responsáveis de concelhias do PSD ainda a mãos com a recolha dos nomes que concorreram contra o partido ou que apoiaram de alguma forma outras listas. Não havendo tempo limite para que essas queixas sejam apresentadas juntos dos órgãos nacionais, o número de processos poderá continuar a crescer nas próximas semanas. Com Luís Claro
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