Mais de 96 ex-governantes deram em banqueiros!
São 96 os nomes apurados, num total maior, que deixou de fora os seis bancos encerrados entretanto, de ex- governantes que, após cessarem funções governativas, durante o regime democrático, “viraram” banqueiros. Terão andado nos governos a aprender a ser banqueiros em vez de bem governar o país, como era suposto?
Estou a lembrar-me do caso recente
do ex-ministro da Defesa e depois dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado,
que, terminada a sua missão patriótica no governo logo arranjou emprego
no BANIF, como presidente do conselho de administração. É função melhor
remunerada do que ministro. É, se se incluir prémios e extras, acima de
100 mil euros por mês. Também recentemente, em Março deste ano, o seu
amigo Jaime Gama arranjou emprego como presidente do CA do… BES Açores.
Mas a maioria de ex-ministros ou secretários de Estado que deram em banqueiros são do PSD, 53 dos 96, mais uns quantos “ independentes” em governos do PSD ou PSD/CDS; 30 são do PS e 5 do CDS. Só os governos de Cavaco Silva deram 30 banqueiros!
O campeão é Rui Machete, actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que ocupou cargos em seis bancos diferentes ao longo da sua carreira, também muito preenchida politicamente (foi ministro em dois Governos Constitucionais e um Governo Provisório). Depois surgem vários governantes com posições em três bancos diferentes: Alexandre Vaz Pinto, Almerindo Marques, António Nogueira Leite, Carlos Tavares, Luís Alves Monteiro e Luís Mira Amaral.
Também o Expresso, a 17 de Julho, noticiou que 25 ex- governantes, tinham ligações a empresas do GES (Grupo Espírito Santo).
Os bancos, a alta finança, dominam a política, os governos e as nossas vidas sem precisarem de ir a votos.
Mas não devemos generalizar.
Político não é sinónimo de corrupto, vendido ou agente dos
multimilionários donos dos bancos. Ainda que alguns se esforcem por dar
má fama à função.
Os políticos são pessoas como nós.
Umas são corruptas outras não, umas tem coragem de virar costas aos seus
cargos quando percebem que não conseguem alterar os “esquemas” outras
resignam-se. E há muitos políticos que são pessoas íntegras. Estou
convencido que constituem a grande maioria.
Nem é necessário ser-se um Mugica, presidente do Uruguai ou um Manuel de Arriaga, primeiro presidente da República de Portugal que comprou com o seu dinheiro o carro para as funções de presidente da República e decidiu pagar uma renda quando se mudou para uma parte pequenina das instalações do palácio de Belém.
Nem é necessário ser-se um Mugica, presidente do Uruguai ou um Manuel de Arriaga, primeiro presidente da República de Portugal que comprou com o seu dinheiro o carro para as funções de presidente da República e decidiu pagar uma renda quando se mudou para uma parte pequenina das instalações do palácio de Belém.
Eanes, por exemplo, renunciou a muito dinheiro ao não aceitar os retroactivos a que tinha direito na sua carreira militar.
Artigo completo em: Portugal Glorioso
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