terça-feira, 18 de novembro de 2014

José Gomes Ferreira admite entrar na vida política

Jornalista diz estar disponível para um projeto político independente. Revelação é feita em entrevista ao "i", a propósito do seu novo livro, "Carta a um Bom Português".

"Quero ser um cidadão que ajude a desbloquear este país", afirma o jornalista 
"Quero ser um cidadão que ajude a desbloquear este país", afirma o jornalista /  Nuno Fox

 
 
 
"Se aparecer um projeto independente, com pessoas credíveis do ponto de vista técnico, e com vontade de governar olhando ao interesse do país e não olhando a ideologias e se me disserem 'precisamos de ti', no futuro poderei pensar duas vezes e dizer 'sim, senhor'. Mas nunca nesta conjuntura político-partidária e nunca em algum dos partidos atuais".
Sem papas na língua, José Gomes Ferreira admite, em entrevista ao jornal "i" desta quarta-feira, poder vir a participar num projeto político independente, mesmo garantindo estar sobretudo interessado em continuar a ser jornalista e escrever livros.
 
O jornalista da SIC já habituou os portugueses às suas explicações acessíveis sobre economia e ao seu olhar crítico sobre as políticas dos governos. Hoje, respondendo a uma pergunta sobre se estaria disponível para ser deputado, afirma que sistema político precisa de ser reinventado, através do contributo de vozes independentes e que só nesse cenário ponderaria um dia poder vir a entrar na vida política.Dizendo sim "à concorrência no parlamento. Com independentes a gritar alto e bom som 'vocês não estão a fazer o vosso trabalho'. É preciso alterar o sistema eleitoral, partidário, e mudar as regras da democracia, integrando as vozes de quem não está contente com o sistema. Perceber que o exercício da política tem de ser focado no que interessa, que é desbloquear a economia. Para a sociedade ter bases  para funcionar melhor", defende. 
No seu segundo livro intitulado "Carta a um bom português", José Gomes Ferreira conta a história de cidadãos comuns, que perderam o poder de compra, uma questão de que, lamenta o jornalista, os políticos se esquecem. "Fazem muitas sardinhadas e muitas febras assadas, andam nesses eventos, mas não sabem o que é o país (...) Continuamos a pagar muito a lóbis que nos escravizam, a pagar preços exagerados de produtos de bens e serviços", sublinha.
Lembrando as suas origens humildes, o jornalista diz acreditar que essa questão lhe garante uma maior proximidade às pessoas, que acredita ser essencial para a vida política. "Tento sempre ver as coisas do lado de quem está a partir do zero para ter coisas, porque também foi esse o meu percurso. Acho que isso dá bagagem para pensar a política e a organização da sociedade tendo em atenção essas pessoas", afirma.
Quanto ao futuro, Gomes Ferreira garante: "Quero ser um cidadão que ajude a desbloquear este país."
 

domingo, 16 de novembro de 2014

Acordo UE-EUA pode eliminar 90 mil postos de trabalho em Portugal

O acordo transatlântico está a gerar polémica também pelo secretismo em que têm estado a decorrer as negociações. Os deputados não conseguem aceder aos documentos.
 
O acordo comercial e de investimento que a União Europeia está a negociar com os Estados Unidos pode representar a perda de 90 mil postos de trabalho em Portugal.

É o que revela um estudo citado pela eurodeputada Marisa Matias, relatora permanente do Parlamento Europeu para o acordo transatlântico.

Para além da perda de postos de trabalho “os impactos para Portugal traduzem-se em qualquer coisa como o decréscimo das exportações num período de 10 anos, uma redução significativa do PIB, o aumento do défice público, porque vai haver menos receitas fiscais de acordo com estas novas regras em termos da competição e da concorrência”, diz à Renascença.

Tribunais exclusivosUm dos aspectos mais controversos do acordo UE-Estados Unidos é a criação de tribunais próprios para resolver os conflitos entre as multinacionais e os países onde se instalem.

Esta ideia, que é apoiada pelo Governo português significa, segundo a eurodeputada do Bloco de Esquerda, que uma qualquer empresa estrangeira vai poder impugnar a decisão do Governo de, por exemplo, aumentar o salário mínimo nacional, invocando a quebra nos seus lucros.

“Se se procurar alterar as leis neste país nesse sentido, [o empresário] passa a ter legitimidade, se existirem esses tais Tribunais Arbitrais, para pôr um processo contra o Estado a dizer ‘não podem aumentar salários’”.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público contesta a criação destes mecanismos de arbitragem de conflitos entre Estados e multinacionais.

O procurador Pedro Baranita deu o exemplo de um caso de um tribunal arbitral que funciona junto do Banco Mundial e onde uma empresa francesa processou o Estado egípcio exactamente por ter aumentado o salário mínimo.

Um acordo à porta fechadaO acordo transatlântico está a gerar polémica também pelo secretismo em que têm estado a decorrer as negociações.

A eurodeputada Marisa Matias, apesar de formalmente ser relatora do PE, não consegue ter acesso aos documentos negociados pelos técnicos da Comissão Europeia.

“Às reuniões a que fui tive que ser identificada à porta para ouvir o que iria ser a agenda de trabalhos das negociações sem nos darem nenhum conteúdo. Isto é uma total ausência de transparência. Os poucos deputados que têm acesso à sala de leitura é mesmo só para ler”, afirma.

Declarações ao programa de informação da Renascença “Em Nome da Lei” que este sábado debate o acordo para eliminar todas as barreiras ao comércio e ao investimento entre os Estados Unidos e a União Europeia.

sábado, 15 de novembro de 2014

Parceria com a U. Lusófona

 
 
Celebrou-se esta sexta-feira, na Universidade Lusófona de Lisboa, a assinatura de um protocolo entre o Sporting Clube de Portugal e a faculdade de Desporto, com vista à criação de estágios para os alunos da instituição no Clube de Alvalade e, por outro lado, dar a oportunidade aos atletas ‘leoninos’ de prosseguirem os seus estudos.

A cerimónia contou com a presença do representante máximo ‘leonino’, Bruno de Carvalho, que partilhou a mesa com os representantes do Comité Olímpico e Paralímpico Português, assim como o Presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol.
O Presidente ‘verde e branco’ realçou a importância deste protocolo, quer para os alunos da faculdade, quer para os atletas do Clube. “O cumprimento deste acordo vem ao encontro de uma das máximas desta direcção: a formação e a educação dos seus atletas. Celebrando este protocolo com tão prestigiada Universidade, conseguimos dar aso aos nossos objectivos com medidas e fins concretos. Por um lado, proporcionar estágios aos alunos no Sporting Clube de Portugal, especializando e aumentando as competências quer nos alunos quer no seio do nosso Clube. Por outro, fazer com que os nossos atletas tenham a oportunidade de tirarem licenciaturas, mestrados ou doutoramentos, o que já acontece”.
Recorde-se de que os atletas do Sporting já tinham a oportunidade de estudar na faculdade Lusófona de Lisboa, ainda que só nesta data esse acordo tenha sido oficializado. O Presidente ‘leonino’ salientou, por fim, que é necessário não esquecer os estudos universitários. “É essencial, na nossa óptica, proporcionar aos nossos atletas um seguimento nos seus estudos que vai além do ensino secundário ou preparatório. Este será o primeiro passo de muitos, para a melhoria dos estudantes desta faculdade mas também dos nossos atletas. Neste sentido, estou certo de que haveremos de celebrar vários acordos no futuro”, completou.
A data da celebração do protocolo marcou também a abertura do ano lectivo da área do Desporto na universidade.

Investigação PJ apanhou líder do SIS a 'eliminar' escutas de suspeito dos vistos gold

Ação de vigilância da Polícia Judiciária apanhou o líder do SIS (Serviço de Informação e Segurança) com mais dois funcionários a tentar ‘eliminar’ escutas no gabinete de António Figueiredo, presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), ligados ao caso dos vistos gold. De acordo com o noticiado pelo Expresso, “os homens do SIS foram fazer um varrimento a pedido expresso de António Figueiredo”.

PJ apanhou líder do SIS a 'eliminar' escutas de suspeito dos vistos gold


Em maio deste ano, a Polícia Judiciária (PJ) encetava uma operação de vigilância à sede do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), instituição da qual António Figueiredo era presidente. O responsável já tinha sido apontado pelos jornais, em março, como alvo de uma investigação
 
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Foi nesta altura, relata o Expresso, que os inspetores da PJ a vigiar o local deram conta de três homens que carregavam uma mala a entrar primeiro no edifício do Campus da Justiça de Lisboa e depois no gabinete de António Figueiredo.
Os indivíduos foram fotografados e, mais tarde, um deles foi identificado como sendo Horácio Pinto, diretor do SIS (Serviço de Informação e Segurança).
De acordo com o afirmado por duas fontes próximas do processo ao Expresso, Horácio Pinto tinha-se deslocado à instituição a pedido do próprio António Figueiredo, com o intuito de averiguar se o próprio se encontrava sob escuta ou com o computador monitorizado.
“Os homens do SIS foram fazer um varrimento a pedido expresso de António Figueiredo”, adiantou uma fonte. “O equipamento foi reconhecido pelos homens que faziam a investigação”, acrescentou outra fonte próxima do processo.´
Figueiredo não se encontrava sob escuta, mas não sabia que estava a ser vigiado. Foi detido esta semana, sob suspeita de corrupção, no âmbito da Operação Labirinto que investiga a atribuição de vistos gold a cidadãos estrangeiros.
 
 
 
 
Artigo completo em: Noticias ao Minuto

Bruno de Carvalho recusa mesa de honra

Rugidos de leão esta sexta-feira na Batalha


A Batalha entrega na noite desta sexta-feira os prémios Rugidos de Leão, festa que irá homenagear o futebol do Sporting, mas também as modalidades.

O presidente Bruno de Carvalho, o diretor geral do futebol profissional leonino, Augusto Inácio, o treinador Marco Silva e sete jogadores do plantel estarão presentes nesta festa. No entanto, e segundo afirmou um dos organizadores, Bernardes Dinis, à Antena 1, o presidente dos leões recusou estar na mesa de honra. 

Assim, Bruno de Carvalho e a restante comitiva leonina estarão junto aos cerca de 1.200 adeptos inscritos na festa. 

"Faz muito bem em estar no contexto do futebol e não na mesa de honra", considerou Bernardes Dinis.





Acesse ao artigo completo em: J. Record

domingo, 2 de novembro de 2014

Técnicos de contas pagam dívida a viúva com casa penhorada.

 Em 24 horas, um movimento que surgiu no Facebook, num grupo de técnicos de oficiais de contas, angariou 1900 euros para pagar a dívida que uma viúva, de Ílhavo, tinha ao Fisco. A casa da família foi salva.
 
 
 
Houve quem doasse apenas um euro. Houve quem doasse mais de cem. O certo é que, em menos de 24 horas, um movimento espontâneo que nasceu no Facebook - num grupo ao qual pertencem mais de quatro mil técnicos oficiais de contas - conseguiu angariar os 1902,16 euros que Maria (nome fictício) necessitava para que a sua casa, onde vive com dois filhos e dois netos menores, na Colónia Agrícola, em Ílhavo, não fosse vendida em leilão pelas Finanças.

Paulo Gama, Manuela Mendes e Susana Eusébio, oriundos de diversos pontos do país, são alguns dos nomes da solidariedade que salvou a família ilhavense. A eles juntaram-se centenas de pessoas - entre as quais, não só técnicos oficiais de contas, como eles, mas também militares, entre outros - que em tempo recorde angariaram o dinheiro necessário. Na sexta-feira, foram diretamente às Finanças, pagaram a dívida de uma pessoa que não conhecem e, em troca, receberam a gratidão eterna de Maria. A mulher, de 52 anos, viúva, é funcionária de uma seca de bacalhau e viu a sua casa ser penhorada, pelas Finanças, devido a uma dívida de 1900 mil euros relativa ao imposto municipal sobre imóveis (IMI) e ao imposto único de circulação.
"Revoltámo-nos quando soubemos da história pela Comunicação Social. Não se pode tirar uma casa a uma pessoa que não a pode pagar. Onde é que aquelas crianças iam dormir?", questiona, ao JN, Paulo Gama, 40 anos, de Castelo Branco.

Há dinheiro para cabaz
A casa de Maria, construída pelo seu marido falecido, ia ser colocada em leilão eletrónico na quarta-feira, por um mínimo de 19 500 euros. "A Susana Eusébio partilhou a história no grupo de contabilistas do Facebook. E a Manuela, de Lisboa, foi por sua iniciativa a uma repartição das Finanças e pagou os 20% da dívida para que o leilão fosse adiado 15 dias", recorda Paulo, técnico oficial de contas. Ao saber do gesto da colega, Paulo prontificou-se para pagar com ela a primeira tranche. E, de imediato, tratou de tudo para que fosse angariado o restante dinheiro, até perfazer os 1900 euros.
"As crianças não podem pagar pelos erros dos pais. A lei é injusta", sublinha Paulo, frisando que o grupo não agiu para ter "qualquer reconhecimento público".
No final das contas, o montante arrecadado ultrapassou o valor previsto. Há mais, pelo menos, 650 euros, de donativos que as pessoas quiseram continuar a fazer chegar, para o grupo oferecer um cabaz com bens de que a família necessite.
"Só posso agradecer do fundo do coração a estes anjos", disse Maria, ao JN.
 
 
 
Artigo completo em: Jornal Noticias
 
 
 

Marques Mendes acha lamentável não haver presos no caso BES

Antigo presidente do PSD diz que “em qualquer país normal” alguém estaria detido.
 
 

 
 
Luís Marques Mendes considerou neste sábado lamentável não estar ninguém preso no caso BES.
No seu habitual comentário de sábado na SIC, Marques Mendes considerou positivo o início da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso BES, marcado para o próximo dia 17 e em que serão ouvidas cerca de 120 pessoas.
Porém o antigo presidente social-democrata, que será um dos ouvidos na Comissão Parlamentar, estranha não estar ninguém preso. “Esta semana passaram três meses sobre a situação que levou a esta catástrofe no BES. Em qualquer país normal do mundo civilizado já estava alguém preso nesta altura”, afirmou.
“No mínimo há gestão danosa. Pode haver outros crimes, a justiça que julgue. Agora no mínimo há gestão danosa. Já tinha que acontecer alguma coisa, pois ao fim de três meses ninguém sabe o que a justiça está a fazer ou não está a fazer”, acrescentou.
Marques Mendes disse ainda que “ficam várias suspeitas que são todas perigosas”: “Uma suspeita é que a justiça continua lenta, mas neste caso é ainda mais grave que em outros porque houve lesão grave para o interesse público. Segundo, para muitas pessoas fica também aquela suspeita… pois é, como são poderosos a justiça é um bocado complacente.”
Para o Conselheiro de Estado de Cavaco Silva é “absolutamente lamentável que o caso BES continue a ser zero”
 




Artigo completo em: Jornal Publico
 

A última viagem do navio indesejado

 
         Construído nos Estaleiros de Viana e pensado para fazer a ligação entre ilhas nos Açores, o Atlântida foi recusado pelo Governo Regional por alegadamente não atingir a velocidade pretendida. Contando com os custos associados à dissolução do contrato, o prejuízo ascendeu a 70 milhões de euros. Foi agora comprado a "preço de saldo", para mudar de nome e ser reconvertido num cruzeiro na Amazónia. Fizemos a última viagem do Atlântida e vamos mostrar-lhe os segredos do navio.

Acesse ao Artigo completo em:  Jornal Expresso