quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Bruxelas divulga documento que contradiz o Governo: contribuintes podem ter de pagar perdas do Novo Banco




Trata-se de um “documento de discussão” que não vincula a Comissão Europeia, mas que a instituição decidiu divulgar. Cenário admitido neste documento tem sido rejeitado pelo Governo. “Aquilo que digo é aquilo que sempre disse - e que tive oportunidade de dizer na comissão de inquérito ao BES (Banco Espírito Santo): que os contribuintes não serão chamados a cobrir qualquer prejuízo com este processo”, disse a ministra das Finanças no início de setembro

Um documento técnico divulgado pela Direção-Geral de Economia e Finanças da Comissão Europeia (ver AQUI nas páginas 11 e 12) adverte para a possibilidade de os contribuintes portugueses virem a suportar eventuais perdas do Novo Banco, cenário que o Governo tem rejeitado.
As autoras do estudo sobre a resolução transfronteiriça de bancos - no figurino de “documento de discussão”, que não vincula a Comissão Europeia, tendo apenas o propósito de ser um contributo para debates - incluíram na análise o caso da resolução do BES (Banco Espírito Santo). A este propósito, explicam que, face às soluções decididas pelo Governo, designadamente a criação de um Fundo de Resolução para a constituição do capital do Novo Banco, parte de eventuais futuras perdas desta instituição poderá ter de vir a ser suportada pelos contribuintes.
As especialistas apontam que “como parte do capital” do Novo Banco ( o “banco bom” criado na sequência da resolução do BES) foi obtido através de um empréstimo estatal, através do Fundo de Resolução, “existe a possibilidade de, no futuro, algumas perdas serem suportadas pelos contribuintes”.
O Governo tem rejeitado eventuais perdas para os contribuintes, tendo a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, a 15 de setembro passado, por ocasião do anúncio pelo Banco de Portugal do adiamento da venda do Novo Banco, que os contribuintes não terão que suportar eventuais encargos. Na altrua, a ministra dizia que o processo de venda não tem “qualquer impacto direto para os contribuintes”, relembrando então que andava a dizer “o mesmo há mais de um ano”.
Dias antes, a 1 de setembro, Maria Luís tinha feito uma afirmação no mesmo sentido: "Aquilo que digo é aquilo que sempre disse - e que tive oportunidade de dizer na comissão de inquérito ao BES (Banco Espírito Santo): que os contribuintes não serão chamados a cobrir qualquer prejuízo com este processo".
 
 
 
 
 
 
Artigo completo em:  Expresso

Maria Luís mandou esconder contas da Parvalorem para reduzir prejuízos, avança Antena 1

A administradora da Parvalorem Paula Poças, admite à Antena 1 o pedido da actual ministra das Finanças para 'maquilhar' os números.


Maria Luís mandou esconder contas da Parvalorem para reduzir prejuízos, avança Antena 1



O Governo terá mandado alterar as contas da Parvalorem para que os prejuízos fossem menores que do aquilo que eram na realidade, baixando em 150 milhões de euros, revela hoje a Antena 1.
Numa investigação, a rádio estatal avança que a ministra das Finanças, Maria Luis Albuquerque, enquanto secretária de Estado do Tesouro, pediu para a administração da Parvalorem, empresa pública que ficou a gerir os activos de má qualidade do ex-Banco Português de Negócios (BPN), que mexesse nas contas de forma a que estas revelassem um cenário de perdas mais optimista do que o real, reduzindo os prejuízos reconhecidos em 2012.
Revela a investigação da Antena 1 que, quando Maria Luís Albuquerque soube, em Fevereiro de 2013, que as contas da Parvalorem apresentavam perdas de 577 milhões de euros com créditos em riscos de incumprimento, o que iria engordar o défice orçamental, fez o pedido à administração da empresa pública.
Tal pedido é admitido à Antena 1 pela administradora da Parvalorem Paula Poças, recordando a pergunta da então secretária de Estado: "qual é melhor expectativa quanto à informação que tínhamos às garantias no momento. Nós considerámos que não fazia sentido estar a agravar no momento as imparidades".
No entanto, e de acordo com declarações à Antena 1 de uma fonte que refez o relatório da Parvalorem, a empresa pública fez uma operação contabilística para baixar os prejuízos em 150 milhões de euros, sendo o impacto adiado para exercícios futuros.
Para responder positivamente a Maria Luis Albuquerque, a administração da Parvalorem mudou as contas já auditadas, entregando-as três dias depois após o pedido, adianta a Antena 1.
"Foi uma martelada que demos nas contas, eu nem questionei, as ordens vinham de cima, para recalcular as imparidades de forma a baixar o valor, atuámos dentro da margem que tínhamos", revela à Antena 1 uma das fontes que refez o relatório.
Segundo um documento enviado à tutela, a Parvalorem anuncia: "após o trabalho cirúrgico conseguimos reduzir o valor das imparidades de 577 milhões de euros para 420 milhões de euros".
De acordo com a investigação, no mesmo dia, a empresa recebeu um agradecimento de Maria Luís Albuquerque, referindo que queria uma redução ainda superior, mas a admitir que talvez "não fosse possível melhor".
Na sua peça, a Antena 1 diz que pediu segundo-feira esclarecimentos à ministra das Finanças sobre esta questão, mas ainda não recebem resposta.




Artigo completo em:  Económico

domingo, 27 de setembro de 2015

Freitas do Amaral apela ao voto no PS


Freitas do Amaral apela ao voto no PS



O fundador e primeiro líder do CDS, Freitas do Amaral, abraçou hoje António Costa a meio de uma arruada em Guimarães, tendo apelado ao voto no PS em nome da justiça social e dos valores da democracia-cristã.

«O país está em paz, tem democracia e liberdade. O único grande problema que temos é falta de justiça social, que tem de ser sempre o grande objetivo dos próximos Governos», declarou o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros do primeiro executivo liderado por José Sócrates.
Freitas do Amaral disse não encontrar «uma grande preocupação de justiça social» no atual Governo e elogiou o programa político socialista: «Como democrata-cristão que sempre fui e que continuarei a ser, voto no PS por causa da prioridade que o PS dá à justiça social».
Perante os jornalistas, o fundador do CDS disse ter a ideia de que a justiça social é uma questão que "estará em décimo lugar entre as preocupações da coligação" dos partidos que suportam o atual Governo.
"Ao contrário do PS, que tem a preocupação com a justiça social em primeiro lugar", antes de se referir aos princípios da Igreja Católica e aos valores da doutrina social da Igreja.
"Na minha religião há um dever que diz que os que podem devem ajudar os que precisam. Para isso é necessário o papel fundamental do Estado e à frente do Estado tem de haver pessoas que queiram realmente pedir mais aos poucos que têm mais, para, através do Estado, dar mais aos muitos que têm pouco", acrescentou Freitas do Amaral.
Freitas do Amaral, que não respondeu a questões dos jornalistas, salientou não ser militante nem dirigente do PS.
 
"Sou um ex-CDS que vai votar no PS", sublinhou.





Diário Digital com Lusa








Sem Palavras

Sem Palavras

Governo "violou contrato entre cidadãos e Estado"

Manuela Ferreira Leite lamenta que o executivo de Passos Coelho tenha apontado a Segurança Social como "a causa de todos os males".
 

Uma maioria, um Governo, um Presidente, uma desgraça!

Cavaco admite não pedir fiscalização preventiva do Orçamento. Já Passos Coelho lembra que os cortes salariais que começaram em 2011 são justificados por imposição da troika.
 
 
http://www.leituras.eu/wp-content/uploads/2013/10/Passos-cavaco.jpg
 
 
 
O Presidente da República, Cavaco Silva, admite não pedir a fiscalização preventiva do Orçamento do Estado para o próximo ano.
No Panamá, onde se encontra para a cimeira Ibero-Americana, o chefe de Estado garantiu que vai fazer uma avaliação cuidadosa dos custos de um orçamento não entrar em vigor a 1 de Janeiro.
“Foi o que fiz o ano passado e aí não tive a mínima dúvida que os custos da não entrada em vigor do Orçamento do Estado no dia 1 eram muito, muito maiores do que termos que esperar durante algum tempo para conhecer se esta ou aquela norma era ou não declarada inconstitucional por parte do Tribunal. É este o princípio que me tem guiado no passado, é provável que seja o mesmo princípio que me guiará no futuro”, disse.
Cavaco Silva esteve ao lado do primeiro-ministro no Panamá. Pedro Passos Coelho foi questionado sobre o risco da inconstitucionalidade de algumas normas. O primeiro-ministro acredita que o Governo tudo fez para que tal não acontecesse.
 
 
 
 
 
 
Artigo completo em:  As Minhas Leituras

sábado, 26 de setembro de 2015

Mais de 96 ex-governantes deram em banqueiros!


São 96 os nomes apurados, num total maior, que deixou de fora os seis bancos encerrados entretanto, de ex- governantes que, após cessarem funções governativas, durante o regime democrático, “viraram” banqueiros. Terão andado nos governos a aprender a ser banqueiros em vez de bem governar o país, como era suposto?



Estou a lembrar-me do caso recente do ex-ministro da Defesa e depois dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que, terminada a sua missão patriótica no governo logo arranjou emprego no BANIF, como presidente do conselho de administração. É função melhor remunerada do que ministro. É, se se incluir prémios e extras, acima de 100 mil euros por mês. Também recentemente,  em Março deste ano, o seu amigo Jaime Gama arranjou emprego como presidente do CA do… BES Açores.
Mas a maioria de ex-ministros ou secretários de Estado que deram em banqueiros são do PSD, 53 dos 96, mais uns quantos “ independentes” em governos do PSD ou PSD/CDS;  30 são do PS e 5 do CDS. Só os governos de Cavaco Silva deram 30 banqueiros!

O campeão é Rui Machete, actual ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, que ocupou cargos em seis bancos diferentes ao longo da sua carreira, também muito preenchida politicamente (foi ministro em dois Governos Constitucionais e um Governo Provisório). Depois surgem vários governantes com posições em três bancos diferentes: Alexandre Vaz Pinto, Almerindo Marques, António Nogueira Leite, Carlos Tavares, Luís Alves Monteiro e Luís Mira Amaral.
Também o Expresso, a 17 de Julho, noticiou que 25 ex- governantes, tinham ligações a empresas do GES (Grupo Espírito Santo).

Os bancos, a alta finança, dominam a política, os governos e as nossas vidas sem precisarem de ir a votos.  
Mas não devemos  generalizar. Político não é sinónimo de corrupto, vendido ou agente dos multimilionários donos dos bancos.  Ainda que alguns se esforcem por dar má fama à função. 
Os políticos são pessoas como nós. Umas são corruptas outras não, umas tem coragem de virar costas aos seus cargos quando percebem que não conseguem alterar os “esquemas” outras resignam-se.  E há muitos políticos que são pessoas íntegras. Estou convencido que constituem a grande maioria. 

Nem é necessário ser-se um Mugica, presidente do Uruguai ou um Manuel de Arriaga, primeiro presidente da República de Portugal que comprou com o seu dinheiro o carro para as funções de presidente da República e decidiu pagar uma renda quando se mudou para uma parte pequenina das instalações do palácio de Belém.  
Eanes, por exemplo, renunciou a muito dinheiro ao não aceitar os retroactivos a que tinha direito na sua carreira militar.  





Artigo completo em:  Portugal Glorioso



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A infecção oportunista do regime




Ao longo da semana que passou, Paulo Portas teve mais uma vez a oportunidade de mostrar qual o seu verdadeiro carácter e por que razão está na política. O antigo director do jornal que contribui para a queda de Cavaco, o antigo ministro da Defesa que não terá recebido luvas na compra de dois submarinos, andou seis dias a fingir que não tinha nada a ver com as mexidas na TSU, remetido a um "silêncio patriótico", ao mesmo tempo que mandava os seus mangas de alpaca criticarem a medida publicamente e passava cartas a jornais nas quais se opunha à decisão governamental. De férias no estrangeiro, não falou. No regresso, também não. Entretanto, levantava-se no país uma onda de repulsa às medidas, da opinião publicada à rua, do PSD ao PCTP-MRPP. Quando percebeu que o melhor seria demarcar-se, não teve pejo em apunhalar Passos Coelho pelas costas e dizer que se opõe a uma medida essencial do Governo de que é o número dois, tendo o distinto descaramento de afirmar que irá fazer tudo para lutar contra "esta medida do Governo", como se o seu ministro, Pedro Mota Soares, não tivesse participado na elaboração da mesma, como se ele próprio não fosse ministro de Estado - Passos Coelho não se cansou de o repetir na entrevista à RTP. 
 
Paulo Portas já percebeu que o Governo é neste momento um morto-vivo. E por isso faz questão de, numa impressionante demonstração de hipocrisia, desonestidade intelectual, falta de lealdade e, acima de tudo, sem-vergonhice, estar no Governo sem estar no Governo. Se fizesse cair o executivo, as culpas recaíram sobre ele. Assim, continua, colocando um pé de fora, assegurando uma eventual sobrevivência do partido que preside. Pintar a cara de preto e cobrir-se de penas seria pouco para este ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. 







Artigo completo em:     Arrastão


terça-feira, 22 de setembro de 2015

CGD concedeu crédito a fundação que não existe

O Departamento de Investigação e Ação Penal confirmou ao jornal i que está em curso uma investigação ao caso.




Na mira da justiça está o Sindicato dos Quadros dos Técnicos Bancários e, mais propriamente, o seu presidente, Afonso Diz que, segundo a RTP, é suspeito de ter desviado cerca de 38 milhões de euros dos cofres do sindicato.
Mas a história, tal como conta o jornal i, começa em 2009.
A justiça considerou nula a Fundação Social do Quadro Bancário que estava sob a alçada do Sindicato dos Quadros dos Técnicos Bancários. Contudo, três dias depois desta decisão judicial, a mesma fundação pediu uma alteração de estatutos ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social que primeiro concedeu a alteração, mas assim que tomou conhecimento de que a fundação afinal não existia, negou o pedido da mesma.
Contudo, a Fundação Social do Quadro Bancário, que não tinha autorização para funcionar, pediu, em 2010, um crédito de 11,5 milhões de euros à Caixa Geral de Depósitos, empréstimo que foi concedido.
Numa carta com a data de janeiro deste ano, e a que o jornal i teve acesso, a instituição bancária garante ter sido “surpreendida com a informação” de que a fundação era nula, admitindo que nestas circunstâncias o crédito não deveria ter sido autorizado.
Na mesma missiva, a CGD pede explicações ao sindicato, pois é esta a entidade “garante do cumprimento das obrigações assumidas pela Fundação Social do Quadro Bancário”.
A polémica não se fica por aqui. Conta o jornal i que nas contas do sindicato consta o pagamento de salários de funcionários da fundação – que nunca funcionou – e que atualmente recebem através do próprio sindicato. A autorização para estes pagamentos foi feita por Afonso Diz, o presidente do sindicato, que está sob investigação.
 
 
 
 
 
Artigo completo em:   Noticias ao Minuto

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

"É um escândalo que o ministério transfira para o ensino privado 160 milhões sem qualquer auditoria"

A Inspecção-Geral de Educação não tem meios para auditar as transferências de 160 milhões de euros do Estado para as escolas privadas, denuncia Mário Pereira, ex-director da DGAE.
 

 
 
O atraso no arranque do ano lectivo resulta de "uma visão do Governo que valoriza mais o sector privado", denuncia Mário Pereira. Um ano depois de se ter demitido do cargo de Director - Geral da Administração Escolar (DGAE) explica, pela primeira vez, o que o levou a sair do cargo , numa entrevista ao Capital Humano do ETV que é emitida hoje às 20h00.
Como se explica esta atraso tão grande no arranque do ano lectivo?
Acho que esse fenómeno resulta da visão deste Governo que valoriza muito mais o sector privado. Há uma desvalorização do ensino público, ao criar turmas de grande dimensão que têm dificuldade em responder aos problemas de formação dos alunos, e ao transferir muitos cursos profissionais para o sector privado. Este governo fez também alterações inéditas ao Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo que passaram despercebidas da opinião pública.
Que alterações foram feitas?
A alteração mais profunda foi a do paralelismo pedagógico. Ou seja, a partir de agora, as escolas privadas passam a ter direito à sua constituição, com paralelismo pedagógico, sem que o Ministério da Educação regule e perceba se têm condições para garantir as aprendizagens que garantam esse paralelismo e coerência e consistências nas classificações atribuídas aos seus alunos, para que todos os alunos a nível nacional estejam em igualdade de circunstâncias nomeadamente, quando as notas são utilizadas para o acesso ao ensino superior.
Mais, através do estatuto o Estado compromete-se a apoiar o acesso das famílias às escolas particulares e cooperativas permitindo progressivamente o acesso àquelas escolas em condições idênticas às das escolas públicas. Aqui esqueceu-se de todas as infraestruturas públicas já existentes, sejam as escolas, docentes e outros técnicos da educação, e que progressivamente tem espaço para acolherem mais alunos em razão da baixa natalidade.
Quanto à direcção pedagógica das escolas particulares são-lhe exigidas qualificações académicas de nível superior e habilitações profissionais adequadas sem se saber o que se entende por isto, enquanto para a direcção das escolas públicas a exigência é maior no que se refere às habilitações para o exercício do cargo. Mas depois os directores pedagógicos podem ser opositores aos concursos das escolas públicas quando o seu perfil e desempenhos não são idênticos aos das escolas públicas.
Um princípio que se reflecte também no reforço orçamental para os estabelecimentos privados no OE 2015?
Sim. O valor é calculado por turma. E repare que há aqui uma questão política do governo. O ensino particular e cooperativo estava na dependência de duas direcções-gerais, na dos estabelecimentos escolares, que definia a sua rede de oferta e no que chamo a 'direcção-geral da pagadoria', que se limita a fazer o pagamento e não tem meios nem competência para fazer o acompanhamento e controlo dessas transferências.
E quem faz esse acompanhamento?
Supostamente deveria ser a Inspecção-Geral de Educação, enquanto entidade com competências na matéria, que também não tem recursos, para a fazer esse acompanhamento.
Na realidade não há qualquer auditoria à transferência dessas verbas?
Pois não. Não conheço. Não há uma verdadeira auditoria a estes sistemas, porque não há recursos para o fazer . O Ministério da Educação não tem recursos e, não tendo recursos, confia.
Há pouco dizia que é um escândalo?
É um escândalo porque estamos a falar de verbas na ordem dos 160 milhões de euros por ano. Quando há estudos que recomendaram que se começasse a fazer um reajustamento da rede privada. O que significa que o Ministério da Educação tem de olhar para este fenómeno com outra seriedade.
Porque é que decidiu sair do cargo de Director Geral da Administração Educativa há um ano?
Decidi sair por causa de uma intervenção do ministro da Educação na Assembleia da República. O senhor ministro da Educação e Ciência nunca me chamou para ser ouvido sobre o que se passou no concurso de colocação de professores nomeadamente, com a bolsa de contratação de escola, no ano passado . Por uma questão de delegação de competências este tema era da responsabilidade do secretário de Estado da Administração Escolar, com quem tive muitas reuniões. O secretário de Estado acompanhou e sabia a dificuldades que DGAE estava a ter ao organizar um concurso, num prazo que nunca se tinha feito. Muitas pessoas da DGAE estavam a trabalhar 24 horas, por dia. O senhor ministro também sabia o que estava a acontecer e visitou uma vez a DGAE a altas horas da noite. Uma visita que revoltou os funcionários porque esta sobrecarga de trabalho, resultava de falta de planeamento político e não de questões técnicas da DGAE.
O ministro conhecia o parecer jurídico que sustentava o caminho tomado na selecção de docentes através da bolsa de contratação de escola. Aliás, reuni com o secretário de Estado para analisar a questão da fórmula, antes desta ser aplicada, e a decisão foi para prosseguirmos tal como as escolas já vinham fazendo nos anos letivos anteriores na contratação de escola.
É a decisão política que gera todo o problema?
É uma decisão política e um director-geral que não tem competência para a contestar.
Nuno Crato disse que havia um erro na formula e responsabilizou a DGAE pelos atrasos nas colocações do ano passado...
Quando o ministro disse isso no parlamento senti-me atingido como director - geral e deixei de ter condições para continuar a liderar uma equipa que durante seis anos deu o melhor e fez um esforço sobre-humano, para que os concursos de colocação acontecessem. Sem gozarem férias com as suas famílias, muitos a trabalhar mais de dez, quinze e quase 24 horas por dia.
 
 
 
 
 
Artigo completo em:     Economicohttp://economico.sapo.pt/noticias/e-um-escandalo-que-o-ministerio-transfira-para-o-ensino-privado-160-milhoes-sem-qualquer-auditoria_229404.html

domingo, 20 de setembro de 2015

Sabia que o seu voto pode não contar para nada?

Em 2011, mais de 512 mil votos foram ignorados e não elegeram deputados. Estudos mostram que as distorções no sistema eleitoral se agravaram. CONSULTE AS INFOGRAFIAS e perceba como é que isto acontece, onde e em prejuízo de que partidos
 
 
O sistema favorece os grandes. É uma frase de café, cunhada no futebol, mas aplica-se à democracia. Nas Legislativas de 2011, mais de meio milhão de eleitores ficou "fora de jogo". Foram cerca de 512 mil votos ignorados e valeram zero deputados.
 
 
 
 

Ora,  destes, mais de 51 por cento das cruzinhas nos boletins pertenciam a eleitores da CDU, BE e CDS-PP, enquanto 48,2 corresponderam a partidos sem assento parlamentar. Se fosse adotado um sistema eleitoral misto, com um círculo nacional extra, de compensação, o PAN e o MRPP teriam, por exemplo, convertido os mais de 120 mil votos que obtiveram em dois deputados para cada um (ver simulação). No outro extremo, PSD e PS perderam apenas trocos que não chegaram para lhes tirar o sono.

 
 
 
 
A história democrática não mente.
Desde as primeiras eleições, o bloco central nunca teve mais de 50 mil votos desperdiçados, enquanto as forças de média dimensão registaram "mais de 300 mil", se contabilizarmos apenas uma amostra de três eleições (1975, 1987, 2005). Em quatro "legislativas", incluindo as últimas, um em cada dez cidadãos valeu... zero na conversão de votos em mandatos.
São exemplos das distorções do sistema eleitoral cujo agravamento vem sendo detetado por Luís Teixeira, mestre em Política Comparada do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Por isso, dia 4 de outubro, quando formos às urnas, os partidos do Governo já estarão a ganhar. "Neste sistema, PSD e CDS saem claramente beneficiados por concorrerem coligados", garante o investigador, que atualizou os números para a VISÃO.
"Os votos ignorados da coligação Portugal à Frente convertidos em mandatos - que iriam afetar sobretudo o CDS-PP enquanto partido médio - serão quase de certeza residuais ou até nulos". União de facto ou casamento de conveniência, a verdade é esta: o peso do PSD atenua as eventuais perdas do CDS-PP. Neste cenário, admite Luís Teixeira, os eleitores podem sentir-se mais tentados a abandonar um padrão de voto tendencialmente sincero e optar pelo estratégico "voto útil", em prejuízo do pluralismo e das correntes de opinião ainda representadas na sociedade. Esta é, de resto, uma das razões pelas quais vários académicos se opõem à criação de círculos uninominais que, dizem, acentuariam a bipolarização.
Um sistema, dois países
Como chegámos aqui? "É a demografia, estúpido", diria o outro. Não só, mas já lá vamos. Entre 2010 e 2014, Portugal perdeu 198 mil habitantes. Emigração e migração da província para as regiões costeiras resultaram em círculos eleitorais mais pequenos no interior e sobrelotados no litoral. Passos Coelho e José Sócrates, nascidos, de facto e para a política, longe da capital, "são exemplos públicos" dessa tendência, assinala o investigador Luís Teixeira.
Santarém, de onde partiu Salgueiro Maia para derrubar um regime onde as eleições eram uma farsa, perdeu quase oito mil eleitores em relação às Legislativas de 2011 e viu fugir-lhe agora um deputado para Setúbal. O parto da democracia "deu" 13 deputados ao distrito, mas a desertificação e os sucessivos atos eleitorais tiraram-lhe quatro. O mesmo acontece desde as primeiras eleições nas regiões com territórios mais afastados do mar: no conjunto, Vila Real, Bragança, Guarda, Coimbra, Viseu, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja perderam 22 mandatos.
Não é para deprimir, pois o pior ainda estará para vir. Segundo um estudo de institutos e universidades portuguesas, o interior do País perderá cerca de um terço da população até 2040, algo a rondar os 157 mil habitantes. O diagnóstico incluído no Plano de Desenvolvimento Rural (2014-?-2020), elaborado pelo Governo, é ainda o túnel, não a luz. "A área suscetível à desertificação tem vindo a aumentar na última década, correspondendo atualmente a 58 % do território nacional", lê-se. É, pois, "expectável que se agrave face aos cenários de alterações climáticas". Para Paulo Reis Mourão, economista da Universidade do Minho, "estamos a assistir a siberização do interior. A população que vai resistindo é digna de comendas", reforça o autor do livro Economia sem Gravata (Chiado Editora).
O advogado belga Victor D´Hondt não tem culpa, mas parte das distorções e perversidades do sistema eleitoral é atribuída ao modelo que ele inventou. Criado para converter votos em mandatos, o método de Hondt já tem a "desvantagem" de dar um "bónus" aos maiores partidos, favorecendo a formação de maiorias e a sacrossanta "governabilidade". Mas, no atual cenário demográfico, acentua o fosso entre o interior e o litoral, distorcendo ainda mais a proporcionalidade entre eleitos e eleitores. Quanto menor o círculo, mais votos vão para o lixo. "O método de Hondt é o mais desproporcional de todos os sistemas proporcionais, mas foi adotado desde o início porque havia muitos partidos, um território mais equilibrado e era necessário estabilizar o País. Hoje tornou-se um problema. O Parlamento tentou uma reforma eleitoral em 2002, mas desde então nada se fez", explica Luís Teixeira.
Acresce que os partidos de poder fazem das "maiorias" e da "estabilidade" um dogma. Negociação e compromisso, pelo contrário, são comuns no contexto europeu, onde governos de forças antagónicas levaram legislaturas até ao fim, conforme vem assinalando a investigadora política Conceição Pequito.
Estaremos a ampliar a "ditadura" da maioria e a dificultar ainda mais a representação eleitoral dos "sem voz"?
Isto mesmo está implícito numa carta enviada pelo matemático Paulo de Morais a Assunção Esteves, Presidente da Assembleia da República, em maio passado. Na missiva, o putativo candidato presidencial socorre-se de um estudo de José Matos e Pedro Vasconcelos, do Centro de Matemática da Universidade do Porto (dos mais antigos do País), para denunciar as perversidades do método de Hondt e sugerir a criação de um círculo nacional de compensação para corrigir as deficiências do sistema, nomeadamente os votos desperdiçados.
"Considerando os resultados de 2011", escreve, "verifica-se que o PSD elegeu um deputado por cada 19.992 votos" e, no outro extremo, "o BE necessitou de 36.115 votos para cada deputado eleito". Como não é possível colocar eleitores no interior, "uma das soluções é criar um círculo nacional que permita pegar nos restos dos outros distritos e fazer justiça. Um voto no PCP em Bragança só por milagre elegerá um deputado, mas com este método contaria sempre", ilustra José Matos.
Quanto valem os eleitores?
O curioso é que não é preciso escalar o Evereste para atenuar os defeitos do sistema. As boas práticas estão a uma distância low-cost e falam a mesma língua, com sotaque.
Os Açores têm, desde 2006, um décimo círculo eleitoral de compensação dos votos desperdiçados nos outros nove. A mudança gerou maior proporcionalidade, "aumento do pluralismo e da representatividade partidária", segundo um estudo da politóloga Carmen Gaudêncio. Resultado: a CDU e o BE passaram a estar representados no parlamento regional.
Na Madeira, a criação de um único círculo, "faz com que os votos ignorados sejam, frequentemente mínimos", esclarece Luís Teixeira. Um exemplo: nas regionais de 2007, nenhum voto se perdeu, ou seja, "todas as listas que concorreram elegeram, pelo menos, um deputado".
Olhando para o mapa eleitoral do País abundam evidências de que a nossa ainda jovem democracia estará, parafraseando Conceição Pequito, com sinais de envelhecimento precoce.
Peguemos de novo no estudo de Luís Teixeira feito em exclusivo para a VISÃO, tendo por base as Legislativas de 2011.
Se em Lisboa, dada a dimensão do círculo eleitoral, os votos desperdiçados atingem uma percentagem suportável para a saúde da democracia (5,5%), noutras regiões já estamos no capítulo do escândalo. Os 19.303 votos ignorados em Portalegre, que elege dois deputados, correspondem a 32,5 % de eleitores sem qualquer influência na atribuição de mandatos.
Enquanto as 18.135 pessoas que votaram CDS-PP em Viana do Castelo elegeram um deputado, as 20.488 que escolheram o BE em Braga não elegeram nenhum, "integrando assim o vasto grupo dos eleitores não representados". Há dois países diferentes num raio de 63 quilómetros? Pior. "Há 22 categorias de eleitores em Portugal, cada qual com um peso específico, que varia de eleição para eleição e de círculo para círculo. Isto cria uma clara desigualdade", assume o investigador do Instituto de Ciências Sociais. "No panorama europeu, não é frequente encontrarmos um sistema eleitoral que tenha tantas discrepâncias", reconhece Marco Lisi, do Departamento de Estudos Políticos da Universidade Nova de Lisboa.
Aguenta mais um exemplo? Cá vai: enquanto os 62.610 votos do MRPP a nível nacional não elegeram qualquer deputado, os 51.518 votantes do PS em Leiria elegeram três. Com 42.622 eleitores nos Açores, o PSD elegeu outros três representantes. "Um círculo para todo o território nacional - e outro para toda a diáspora - resolveria este problema", crê Luís Teixeira. Bastaria adotar o princípio simples da igualdade de voto "que consiste em dar a todos os eleitores um igual peso numérico e um igual valor quanto ao resultado final", reforça o investigador. Propostas semelhantes vão nesse sentido.
Note-se o caso das sugestões incluídas no programa eleitoral do Livre/Tempo de Avançar às quais não será alheio o politólogo André Freire, candidato por Lisboa (ver caixa). "Será que para um jovem gay de Bragança, a representação de que se sente mais próximo é a do deputado de um dos dois grandes partidos que ganhou em Bragança ou da deputada de um círculo mais populoso, mas que luta pelos seus direitos?", interrogou-se, em artigo na E-Pública, revista eletrónica de Direito Público, o fundador do Livre, Rui Tavares, em reforço da tese do círculo nacional. O que aconteceria, então, à representatividade regional?
"Se após as eleições, os grupos parlamentares se organizarem para atribuir a cada um dos seus deputados regiões especificas às quais devem dedicar mais atenção", o problema ficaria resolvido, até porque "sabemos que alguns já o fazem de sua iniciativa", desvenda Luís Teixeira.
Portugal de relance
Vai longe, porém, a memória de um idílio entre eleitos e eleitores, se é que alguém o detetou a olho nu. Já o Morgado de Fafe, criação literária saída da pena de Camilo Castelo Branco, topara a modorra parlamentar dos eleitos da nação. "O meu amigo, Sr. Leite, quando falava aos convívios populares, lá na nossa terra, falava pelos cotovelos. Mas isto cá, pelos modos, muda muito de figura", assinalara, irónico, ao amigo que, entrado nas cortes, se calara e deixara domesticar.
Paulo Reis Mourão, economista da Universidade do Minho, atualiza: "Quando Bruxelas manda mais do que o político e o eleitor é ultrapassado pelo burocrata, a representatividade está em causa e o cidadão desinteressa-se do processo eleitoral", resume. "Com a rarefação demográfica, os lugares elegíveis são preenchidos muitas vezes pelos piores, os que vão ficando nas terras e depois chegam ao Parlamento. Ou seja, os "Calisto Elói" desta vida. Estamos a assistir à queda de muitos anjos, não é?".
Numa obra coordenada por Marco Lisi, a publicar ainda este mês (Eleições Legislativas no Portugal Democrático 1974-2015), o investigador descobriu continuidades que não esperava: "Um traço que, pelos vistos, caracteriza a democracia portuguesa é a personalização das eleições. Não estava à espera que isto fosse assim desde 1976", admite, assinalando a inércia histórica dos partidos e eleitores, com reduzidas clivagens políticas.
A única rutura de dimensão considerável não frutificou. O PRD, criado em 1985, era um partido "formado por todos os homens bons das aldeias e vilas do País que aspiravam a entrar na política pela porta da moral e dos bons princípios", escreveu Miguel Sousa Tavares. Acabou em 2000, embora sem extinção formal, infiltrado por dirigentes de movimentos de extrema-direita, que mudaram a sigla e fundaram o PNR. A realidade, por vezes, ultrapassa a ficção, dispensando metáforas.
Estudos e sondagens internacionais, publicados de 2012 para cá (Eurobarómetro, European Social Survey, Estudo Europeu dos Valores e Inquérito Social Europeu), reforçam a ideia de que o desencanto dos portugueses em relação aos eleitos atingiu em cheio as instituições. Portugal é o País europeu mais insatisfeito com a democracia. No ano passado, só 20 % confiava no Parlamento e esse valor descia para os 11% no caso dos partidos. Em janeiro deste ano, apenas 17 % tendia a acreditar no Governo, mas o valor vem subindo desde 2013, tal como a confiança na Economia, na Justiça e na "situação financeira do lar". Os portugueses reclamam mais mecanismos de democracia direta e um funcionamento do sistema que permita "castigar maus governos" e os obrigue a explicar melhor as suas decisões aos eleitores. "Os partidos não são considerados pela maioria dos cidadãos os veículos adequados para representar as suas reivindicações", afirma Marco Lisi, que também deteta alguma esquizofrenia. "Os eleitores queixam-se que os partidos são todos iguais, mas ao mesmo tempo pedem compromissos. Isto não pode acontecer ao mesmo tempo".
Por outro lado, e segundo inquéritos já citados, este é ainda o País com "pouca abertura" à entrada de imigrantes dos países mais pobres, onde 22% dos seus habitantes rejeita homossexuais como vizinhos e um terço da população ainda acredita na existência do Inferno. Um dado dos diabos, mas o único em que podemos bater-nos de igual para igual com os suecos, que não ficam atrás na crença de contornos demoníacos. Estaremos a dar razão a Almada Negreiros, para quem o português, "como os decadentes", estava condenado à passividade, resignação, fatalismo, indolência e servilismo?
Os níveis de abstenção (41,1% nas últimas legislativas) e o número de votos em branco (mais de 148 mil) mais altos de sempre não auguram nada de bom. Mas calma. Conforme assinalou, no Público, o politólogo André Freire, uma luz, ténue, se vislumbra na escuridão do período pós-troika. Pelo menos ao nível da participação política. Na última década, com reforço considerável nesta legislatura, o número de petições cidadãs entregues na Assembleia da República superou expectativas: foram 1317, superando as 381 dos dez anos anteriores (1995 - 2005). Nos documentos chegados ao Parlamento há de tudo: propostas para a criação do dia nacional contra a homofobia, assinaturas contra a privatização da TAP e a favor da ida de Joaquim Agostinho para o Panteão. Convenhamos: não será ainda sinal de uma democracia cidadã a toda a velocidade, mas, pelo menos, pedala.  
 
 
 
 
 
 
 
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Portas: PS vai deixar buraco na Seguranca Social de seis mil milhões

Vice-primeiro-ministro apontou baterias ao PS no primeiro discurso oficial da campanha. Passos Coelho preferiu falar do futuro.

               Portas: PS vai deixar buraco na Seguranca Social de seis mil milhões

Paulo Portas avisou esta tarde que, ao propor a descida da TSU, o PS vai "retirar seis mil milhões de euros no financiamento das actuais pensões". Mais: a juntar a este "problema", António Costa terá de explicar o corte de mil milhões nas prestações sociais.
Foi com estes argumentos que o número dois da Coligação Portugal à Frente fez o seu primeiro discurso na campanha oficial, que hoje arrancou, com Paulo Portas a escolher como alvo o PS. Além da Seguranca Social, o líder do CDS aproveitou o tema do momento para fazer campanha contra o PS: o próximo Orçamento do Estado.
Depois de António Costa ter dito que votaria contra o Orçamento da coligação se esta ganhasse as eleições, Portas avisou os portugueses que perante esta atitude é melhor darem a maioria ao PSD e CDS. "Se o PS diz que vota contra um Orçamento que não conhece e que não se senta à mesa para chegar a qualquer compromisso sobre questões de futuro então o país com o PS ficaria numa grande instabilidade ou num acordo com partidos que acham que a saída do euro está ao virar da esquina", avisou Portas no primeiro almoço-comício oficial, na Malveira, distrito de Lisboa.
Já Passos Coelho preferiu deixar o passado para trás e apontou todas as propostas para o futuro e fez questão de vincar que hoje o país não está na situação da Grécia. O primeiro-ministro garantiu que os próximos anos serão de crescimento e falou sobretudo para os professores e aposentados.





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Onde estão os documentos da ONG de Passos? Desapareceram

Não há rasto dos documentos relacionados com o Centro Português para a Cooperação – Organização Não-Governamental criada por Passos Coelho – no Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. A notícia é avançada esta quarta-feira pelo jornal Público, após um esclarecimento daquele Ministério.
 
 
 
 
O Público pediu ao Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social autorização para consultar todos os documentos arquivados naquele ministério que estivessem relacionados “com projetos e pedidos de financiamento apresentados entre 1996 e 1999” pelo Centro Português para a Cooperação (CPPC).
O pedido foi feito a 3 de outubro. A resposta chegou na última segunda-feira, dia 20.
De acordo com a informação avançada hoje pelo Público, o gabinete do ministro Pedro Mota Soares revelou não existirem tais documentos nos arquivos.
Assim, os únicos documentos relacionados com a CPPC e o Estado são os que estão arquivados no Instituto Camões e que já foram divulgados. Contudo, explica o Público, este conjunto de documentos não contempla o processo inicial de registo do CPPC como Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento, tal como não inclui os relatórios anuais das suas atividades.
Mas a ausência de documentos não se fica por aqui. Estão também em falta os projetos submetidos à aprovação governamental, para efeitos de financiamento, por parte da organização sediada nas instalações da Tecnoforma, em Almada.
Recorde-se que este caso está relacionado com a polémica que envolve o primeiro-ministro e alegados pagamentos que não foram declarados ao Fisco.
 
   
 
 
 
 
Artigo completo em:    Noticias ao Minuto
 
 

Paulo Morais revela nomes dos devedores dos 3 mil milhões ao BES.



 
 
 
 
Paulo Morais revela nomes dos devedores dos 3 mil milhões ao BES.
QUEM ANDA A GOZAR O NOSSO DINHEIRO DESAPARECIDO DO BES?
Grande parte dos três mil milhões de euros do buraco do BES ficaram na esfera do presidente angolano Eduardo dos Santos.
Começam a ser revelados os nomes de pessoas próximas ao regime angolano que beneficiaram-se de empréstimos daquela instituição financeira e que depois não assumiram os seus compromissos, NÃO PAGAM, LEVANDO A QUE O ESTADO TENHA INJECTADO NO BANCO 5 MIL MILHÕES DE EUROS, PARA SALVAR O BANCO.
PAULO MORAIS assegura que só a irmã do Presidente angolano Marta dos Santos, recebeu 800 milhões de dólares, mas a quem o banco perdeu o rasto. O PRESIDENTE DO BES GARANTE QUE NÃO SABE ONDE ANDA O DINHEIRO, PAULO MORAIS OFERECE-SE PARA LHE DAR OS NOMES E OS DESTINOS.
ARTIGO COMPLETO::: http://goo.gl/DElhWt

De acordo com o site da Rádio Renascença, de Portugal, o antigo presidente do BES Angola Rui Guerra disse ontem, 10, aos deputados da comissão parlamentar da Assembleia da República que investiga o caso BES, que o banco não foi capaz de identificar os beneficiários de muitos dos empréstimos concedidos pela instituição.
Entretanto, Paulo Morais, vice-presidente da Associação Transparência e Integridade, contesta os argumentos de Rui Guerra e acrescenta que tem documentos capazes de provar quem são os beneficiários.
Segundo Morais, “nessa lista de empréstimos estava, à cabeça, Marta dos Santos, irmã do presidente José Eduardo dos Santos, que teve um crédito de 800 milhões de dólares, para desenvolver em Talatona um projecto imobiliário, curiosamente em parceria com o empresário português José Guilherme, que deu 14 milhões a Ricardo Salgado.”
O vice-presidente da Associação Transparência e Integridade vai mais longe e diz que “só no Comité Central do MPLA houve um conjunto de personalidades, como Roberto de Almeida, Maria Mambo Café e Ferreira Pinto, entre outros, que receberam 10 milhões de dólares para desenvolver os projectos que bem entendessem, sem terem de prestar quaisquer garantias ao banco”.
Em declarações à Rádio Renascença, de Portugal, Paulo Morais revelou que muitos dos investimentos que a elite angolana fez em Portugal, era dinheiro dos depositantes do BES e não de Angola.

O BES disponibilizava fundos aos angolanos para adquirir em Portugal propriedades em Portugal. “Os próprios filhos de José Eduardo dos Santos têm uma propriedade em Aveiras de Cima, que adquiriram com crédito do BES, mas isto multiplicou-se por todo o país”, garantiu o vice-presidente da Associação Transparência e Integridade, que disse ter documentos que provam as suas afirmações.

JÁ NO CASO BPN SE PASSA O MESMO, OS NOMES DOS QUE DEVEM MILHÕES AO BPN SÃO CONHECIDOS DE TODOS, MAS NADA SE PASSA.
BPN, quem está rico com o teu dinheiro? Quem foi ao pote do BPN? Quanto roubaram?VIDEO: https://goo.gl/GrQPdW

E TAMBÉM É DE ASSINALAR QUE SE OS CLIENTES FOREM RICOS, AFINAL ATÉ TÊM DIREITO A RECEBER MUITOS MILHÕES MAL INVESTIDOS NO BPN?? https://www.youtube.com/watch?v=vfhGVeRwI8A&list=PLPAKyd_5x-2sCMbAhr-CTUr63X5q6gwcn&index=1

NÃO ESQUECER AINDA QUE TAMBÉM É CONHECIDO O DESTINO DE 1,5 MIL MILHÕES, QUE FORAM DESVIADOS 10 DIAS ANTES DE SAIR RICARDO SALGADO... https://www.youtube.com/watch?v=_FDK3dmMnTI&index=6&list=PLPAKyd_5x-2sCMbAhr-CTUr63X5q6gwcn

ARTIGO SOBRE O TEMA.. http://apodrecetuga.blogspot.pt/2015/02/conseguir-ter-prejuizos-vender.html#.VOSSb_msVws
 
 
 
 
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sábado, 19 de setembro de 2015

Fisco e justiça apertam cerco à Webrand e PSD

O Ministério Público e as Finanças estão a apertar o cerco à Webrand. Os maiores proveitos da agência de publicidade vieram de campanhas eleitorais do PSD. A empresa é suspeita de fraude fiscal qualificada e existem indícios de proteção política. Quais são os inquéritos que envolvem a agência e fazem disparar os alarmes no partido do Governo?
 
 
 
Entre 2008 e 2011, a Webrand foi uma das agências de confiança do PSD. Dezenas de candidaturas autárquicas, de Luís Filipe Menezes (Gaia) a Guilherme Aguiar (Matosinhos), tiveram a sua marca. ?A empresa de publicidade não se limitou a eleições locais: trabalhou para campanhas internas do partido, entre as quais a de Marco António Costa à presidência da distrital do PSD/Porto. A nível nacional, produziu materiais para a candidatura de Manuela Ferreira Leite à chefia do Governo, ajudou Paulo Rangel a chegar ao Parlamento Europeu e contribuiu para guindar Pedro Passos Coelho a primeiro-ministro nas legislativas de 2011. O "euromilhões" saiu à Webrand em 2009, quando foi convidada pelo PSD para trabalhar nas eleições europeias, legislativas e autárquicas desse ano. As três campanhas foram, à época, coordenadas pelo atual secretário de Estado da Segurança Social, Agostinho Branquinho. Num email então enviado a um fornecedor que contestava as práticas da agência, Branquinho admitiu a relação "franca e aberta" com a Webrand, avaliou a relação com o PSD como "muito positiva" e "gratificante" e elogiou a "total disponibilidade" da empresa "para ultrapassar as questões que vão sendo colocadas".
A Webrand foi fundada em 2008, na mesma altura em que a antecessora Grafinvest caminhava para o ocaso, com problemas financeiros, dívidas à Segurança Social e clientes em fuga. Do céu à queda em desgraça, a Grafinvest e a Webrand são irmãs gémeas. A primeira implantou-se à custa de bons contratos na órbita socialista. ?A sucessora virou-se para a outra face do bloco central. Depois de anos de chorudos negócios com campanhas eleitorais do PSD e ajustes diretos ganhos pelo seu universo empresarial em municípios onde ajudou a eleger os respetivos autarcas, a empresa está a tentar evitar a insolvência através de um Plano Especial de Revitalização (PER) que mereceu, entre outros, o voto favorável do credor Finanças.
Ao mesmo tempo, a Webrand está no centro de vários inquéritos, separados entre si. Um é da responsabilidade do DIAP do Porto e da Divisão de Processos Criminais e Fiscais das Finanças. Outro, no Ministério Público de Gaia, abrange os mandatos de Luís Filipe Menezes no município. Um último foi aberto pela Direção de Serviços de Auditoria Interna da Autoridade Tributária na sequência de uma reportagem da VISÃO. Neles existe matéria e testemunhos que levantam suspeitas de fraude qualificada e proteção política. Nos últimos meses foram feitas novas diligências e interrogatórios e, segundo as fontes da VISÃO, o cerco à agência poderá estar a apertar-se. Um outro inquérito, que correu em Gaia e onde foram recolhidos depoimentos sobre alegadas motivações políticas favoráveis à agência de publicidade, foi entretanto arquivado. Afinal, que segredos guarda a Webrand?

Ler mais: http://visao.sapo.pt/fisco-e-justica-apertam-cerco-a-webrand-e-psd=f820362#ixzz3mD6VLS00
 

"Tanto no BPN como no BES, serão portugueses a suportar custos"

Opinião é do ex-ministro das Finanças que teve a seu cargo a pasta da nacionalização do BPN.
 
       
 
 
Para Teixeira dos Santos, ministro das Finanças em funções na altura da falência do BPN, há semelhanças entre o BPN e o BES. E uma delas é que haverá custos para os contribuintes. “Não há almoços grátis”, é a máxima de economia que o ex-governante recorda no texto que hoje assina no Jornal de Notícias.
 
Escreve o antigo ministro que em 2008 a nacionalização do BPN “era o único meio legal de intervenção do Estado”. Mas embora em 2014 já houvesse base legal para a resolução do BES, há semelhanças, não só pelo facto de a intervenção ter acontecido por “recomendação do Banco de Portugal” mas também pelos custos que portugueses terão de pagar.
“Num e noutro caso serão os portugueses a suportar os custos”, considera.
“O custo do fundo de resolução [do BES] recai sobre os bancos que o vão repercutir nos seus clientes. Contribuintes ou clientes de bancos vai dar ao mesmo. Somos todos nós”, argumenta o ministro num texto em que admite que “estava errado” ao acreditar que o BPN poderia ser recuperado.
 
 
Sugerindo que Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque aprendam “com os erros dos outros”, Teixeira dos Santos considera que o facto de o Governo e o Banco de Portugal não terem  conseguido vender já o Novo Banco, que nasceu do fim do BES, “não será necessariamente mau para o sistema financeiro”. Ainda assim é um “embaraço político” para o primeiro-ministro e a responsável pela pasta das Finanças.
 
 
 

 
 
 
Artigo completo em:  Noticias ao Minuto

PJ impedida de investigar Dias Loureiro

   
A edição desta quarta-feira, 6 de Maio, do Correio da Manhã, adianta que a Polícia Judiciária não
 
 
 
avançou com diligências no processo de Dias Loureiro, no âmbito do caso BPN.
A Polícia Judiciária terá sido impedida de investigar Dias Loureiro no caso BPN, segundo adianta o "Correio da Manhã" que refere que houve duas reuniões com esse objectivo, mas que acabaram por não ter resultados.
O inquérito tem mais de seis anos, sendo que Cândida Almeida, antiga directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) prometeu aos responsáveis da PJ que enviava o processo, desde que a polícia reforçasse a equipa que investigava os crimes económicos, em particular a suspeitas de fraude no BPN.
Cândida Almeida disse ao "Correio da Manhã" que não estava "em condições de dizer porque é que o processo de Dias Loureiro não foi encaminhado para a PJ".



Artigo completo em: Jornal de Negócios