domingo, 12 de julho de 2015

Só mesmo ao estado é que se cobram 5 mil euros por uma limpeza de vidros de um carro

E só mesmo em Portugal é que acontecem coisas destas. Este caso retrata o perigo a que todos estamos sujeitos, quando a justiça funciona mal e os direitos dos cidadãos, não são minimamente respeitados. Não se pode confiar em ninguém?
Um arguido, que acabou por ser inocentado, descobre que todos os bens que lhe tinham sido apreendidos, estavam desaparecidos. Esperou e esperou, mas desesperou. 
Ninguém encontrava os seus bens e para cumulo do abuso, quando finalmente descobriram o seu Mercedes, ficou a saber que este, tinha andado a ser usado por políticos, e desvalorizaram em muito o carro, pois fizeram 10 mil Km? E agora ainda o querem obrigar a pagar 4 mil euros, pois alegam que só assim lhe devolvem o carro???? 

"Ex-arguido recusa pagar despesas de carro apreendido e usado pelo Governo"
"Um homem absolvido em Tribunal e a quem foram apreendidos bens está há mais de um ano à espera da devolução.
Rui Sousa ficou a saber que o seu Mercedes foi atribuído primeiro ao Governo Civil de Viseu e depois ao gabinete do ministro Miguel Relvas. Durante esse tempo, foram feitas despesas no automóvel que agora Rui Sousa foi notificado para pagar. Entre elas está uma fatura de cerca de cinco mil euros com limpeza de vidros."
“a notificação do tribunal diz que Rui Sousa tem de pagar quase 4.000 euros ao estado para que o Mercedes lhe seja devolvido”

“Uma limpeza de vidros com IVA que custou” 5.164,69€? Benfeitorias? Onde?
Porque será que em notícias destas aparece sempre o Miguel Relvas?!!! O homem está em todas!


ARTIGO COMPLETO: Apodrecetuga

sábado, 4 de julho de 2015

Portugal é um dos desastres económicos da Europa, assinala Krugman

O Nobel da Economia lembra que "Portugal também obedeceu à ordem para implementar uma dura austeridade e está agora 6% mais pobre do que antes". Paul Krugman volta a apelar ao 'não' no referendo grego, defendendo que se ganhar o "sim", os gregos estarão a dar "poder e coragem aos arquitetos do falhanço da Europa".

Foto de José Carlos
 
Num artigo intitulado “Os vários desastres económicos da Europa”, publicado na sua coluna no The New York Times, o Nobel da Economia desmonta a ideia de que a Grécia é um caso isolado.
Krugman dá o exemplo da Finlândia, ironizando que este país "não poderia ser mais diferente dos corruptos e irresponsáveis" países do Sul da Europa, além de ser um "modelo de sociedade europeia, com um governo honesto, finanças públicas sólidas, rating sólido e que consegue financiar-se nos mercados a taxas incrivelmente reduzidas".
O economista lembra que oito anos de crise económica na Finlândia já cortaram o PIB per capita no país em 10% e que "não há sinais de que pare por aqui".
Se não fosse a crise no Sul, a Finlândia poderia "muito bem ser vista como o desastre épico europeu", vinca.
O Nobel da Economia refere, porém, que a Finlândia não está sozinha, fazendo parte de “um arco de declínio económico que se estende desde a Europa do Norte através da Dinamarca – que não faz parte do euro mas gere o seu dinheiro como se fizesse – até à Holanda.
Paul Krugman assinala ainda o exemplo de outros países do Sul da Europa, como a Espanha, que tem uma "taxa de desemprego de quase 23% e o PIB per capital está ainda 7% abaixo dos níveis pré-crise"ou Portugal, que também obedeceu à ordem para implementar uma dura austeridade e está agora 6% mais pobre do que antes".
Referindo que ao aderirem ao euro estas economias colocaram-se num "colete de forças", o economista norte americano destaca que "tal não quer dizer que seja altura de acabar" com a moeda única. "O que é urgente é aliviar o colete de forças", esclarece.
Sobre o referendo grego, o Nobel da Economia alerta que, se ganhar o "sim", os gregos estarão a dar "poder e coragem aos arquitetos do falhanço da Europa".
"Os credores já demonstraram a sua força e capacidade de humilhar quem desafiar as suas exigências de austeridade sem fim. E vão continuar a reclamar que impor desemprego em massa é o único caminho responsável", avança.
Caso o 'não' vença no domingo, Krugman reconhece que esse resultado levará a um “terreno assustador e desconhecido" e que a Grécia poderá ter que sair do euro, contudo, defende que este cenário "oferece à Grécia uma hipótese real de recuperação" e será um "choque para a complacência das elites europeias".
Referindo que é “razoável recear as consequências de um 'não', porque ninguém sabe o que virá a seguir”, o economista norte americano salienta que há ainda mais razões para “temer as consequências de um voto no ‘sim’, já que, nesse caso, já sabemos o que virá a seguir – mais austeridade, mais desastres e eventualmente uma crise muito pior do que algo que já tenhamos visto até agora".
 
 
 
 
 
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